[ Edições e Múltiplos: do Concretismo ao Contemporâneo ]

(São Paulo)
abertura: 29 de novembro, sábado, das 11h às 18h.
até: 20 de dezembro de 2014.

A Galeria Superfície apresenta a partir do dia 29 de novembro de 2014, a  exposição “Edições e Múltiplos: do Concretismo ao Contemporâneo”, em parceria com a Multiplique Boutique e a Papel Assinado.

Democratizar e tornar a produção de artistas consagrados mais acessível é o ponto crucial desta exposição que inclui obras de Hercules Barsotti, Sacilotto, Julio LeParc, León Ferrari, Cildo Meireles, Antonio Dias, Leonilson, Edgard de Souza, entre outros.

abertura: 29 de novembro, sábado, das 11h às 18h.
até: 20 de dezembro de 2014.
Galeria Superfície
Rua Oscar Freire, 240 . Cerqueira César . São Paulo – SP

[ Prometheus Fecit: terra, água, mão e fogo ]

(Porto - Portugal)
abertura: 2 de outubro de 2014, 18h
até: 14 de dezembro de 2014

Os processos de residências artísticas, na era do contemporâneo, propiciam a reconquista da experiência em que a permanência e a duração são incentivos pretendidos. Numa época em que as tarefas, desempenhos e situações se concatenam (quase sem intervalos de pensamento), na exigência de respostas quase imediatas, demora e decorrência são privilégios para os artistas e demais operadores culturais.

Em 2014, reuniu-se um grupo de artistas brasileiros e portugueses (Albuquerque Mendes, Beatriz Sanchez Horta Correia, Bela Silva, Catarina Branco, Carolina Paz, Estela Sokol, Fábio Carvalho, Gabriela Machado, Graça Pereira Coutinho, Isaque Pinheiro, Jorge Abade, Luis Nobre, Maria Pia Oliveira, Sofia Castro e Susana Maria Clemente Piteira), procedendo de diferentes contextos e formações, “chegados” de viagens transatlânticas ou deslocando-se de cidades portuguesas. Tal confluência proporcionou contextos inesperados de experiência e pensamento; promoveu diálogos e confrontos; impulsionou novas articulações poéticas e conceituais. Associou-se técnica e criatividade, refletindo intencionalidades e decisões diferentes, por parte dos artistas e dos outros protagonistas que os visitaram durante as estadias.

"Em pele de cordeiro" - Fábio Carvalho
aprox. 1.000 peças de faiança vidrada | 2,0 x 1,6 m
foto: Maria de Fátima Lambert

[ Fábio Carvalho em exposição no Museu Nacional Soares dos Reis, Portugal ]

O artista carioca Fábio Carvalho participa com duas obras inéditas em cerâmica, a partir de 2 de outubro, na exposição coletiva “Prometheus Fecit” no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, Portugal, um dos mais importantes daquele país.


Em Pele de Cordeiro, detalhe

As duas obras de Fábio Carvalho ("Em Pele de Cordeiro" e "Gêmeos") são resultado da residência artística realizada em junho passado na Cerâmica PP&A São Bernardo, em Alcobaça. Portugal. Esta foi a quinta residência artística de Fábio Carvalho em terras lusas. O projeto tem curadoria de Maria de Fátima Lambert (Portugal), e conta com um total de 15 artistas brasileiros e portugueses, entre estes Albuquerque Mendes, Catarina Branco, Carolina Paz, Estela Sokol, Fábio Carvalho, Gabriela Machado, Isaque Pinheiro e Sofia Castro. 

Cerâmica PP&A São Bernardo tem tradição na colaboração com renomados artistas internacionais, como Gerald Gulotta, Jasper Conran, James Packer, John Rochas, Arnold Zimmerman, Nancy Smith, entre outros.
Em Pele de Cordeiro

Na obra Em Pele de Cordeiro Fábio Carvalho criou um mosaico com mais de 1.200 borboletas e flores moldadas uma a uma à mão pelo próprio artista, vidradas em 6 cores diferentes, que juntas formam o desenho de um soldado em tamanho natural, vestindo um uniforme militar camuflado segurando um fuzil. O soldado em mosaico encontra-se "deitado" sobre uma superfície de 60 cm de altura (aproximadamente a altura de uma cama). As borboletas e flores não estão coladas na superfície, acentuando o caráter frágil das pequenas peças, e reforçando a ideia de efemeridade da obra, de que tudo aquilo pode se desfazer a qualquer instante.




Gêmeos

Já a obra Gêmeos apresenta-nos 4 touros vermelhos e brilhantes de tamanho médio (45 x 35 x 30 cm), sendo que dois touros são exatamente como costumam ser produzidos na fábrica (exceto pela cor), e dois touros resultam de uma colagem com acréscimo de diversos ornamentos, alguns buscados de outras peças da fábrica, e outros criados originalmente pelo artista. 

O touro, símbolo tradicional de virilidade, força e impetuosidade, parece agora adocicado pelos ornamentos agregados. Mas isto não quer dizer que não seja mais viril.

Como em toda a produção atual de Fábio Carvalho, o artista procura questionar o senso comum de que força e fragilidade, virilidade e poesia, masculinidade e vulnerabilidade não podem coexistir, propondo uma discussão sobre estereótipos de gêneros.


Serviço:
exposição "Prometheus Fecit"
abertura 2 de outubro, 18h
até 14 de dezembro 2014
artistas: Albuquerque Mendes, Beatriz Sanchez Horta Correia, Bela Silva, Catarina Branco, Carolina Paz, Estela Sokol, Fábio Carvalho, Gabriela Machado, Graça Pereira Coutinho, Isaque Pinheiro, Jorge Abade, Luis Nobre, Maria Pia Oliveira, Sofia Castro e Susana Maria Clemente Piteira
curadoria: Maria de Fátima Lambert
Museu Nacional de Soares dos Reis
rua D. Manuel II, 44, 4050 - 342, Porto, Portugal
horários: 3ª 14h - 18h | 4ª a Dom 10h - 18h

[ Variáveis de bancos de jardim ]

(São Paulo)
até 6/12/2014


Com curadoria de Ricardo Resende, a primeira individual da artista Sílvia Ruiz na Gravura Brasileira reúne séries inéditas de xilogravuras e fotogravuras. Segundo o curador são "Imagens que vêm da introspecção interior ou nas próprias ações da artista e das anotações visuais que faz da cidade. Silvia Ruiz faz uma espécie de diário dos fatos do seu quotidiano e das ocorrências dos seus estados de espírito ao observar um simples banco de jardim e transformá-lo em uma poesia visual gravada".

Para esta mostra na Gravura Brasileira, Silvia Ruiz traz fotogravuras e xilogravuras de cortes vigorosos desprendidos sobre a madeira e depois transferidos para o papel. Entalha na madeira e transfere a imagem para o papel com a colher de pau e é desse gesto que extrai toda a expressividade da linguagem com vistas de bancos. O que exige da artista dedicação e força nos braços e mãos para cavar e imprimir. É um trabalho exaustivo para conseguir os belos e delicados resultados sobre grandes folhas de papel.

até 6/12/2014
Gravura Brasileira
rua Doutor Franco da Rocha, 61, Perdizes - SP
seg/sex - 10/18h | sábado - 11/13h

[ Arquivo em Movimento ]

(Rio de Janeiro)
até 5/12/2015

Um arquivo inusitado de pedras litográficas do início do século XX, guardado na EAV Parque Lage, será material de estudo no Programa EAVerão 2015.

fonte >>

As inscrições estão abertas até 5 de dezembro. (http://eavparquelage.org.br/lancamento-eaverao/).

25 bolsistas serão selecionados entre os inscritos para um programa intensivo, que vai de 12 de janeiro a 6 de fevereiro de 2015.

No curso, os 25 artistas bolsistas — selecionados pela EAV entre os inscritos — terão a oportunidade tanto de lidar artisticamente com as pedras quanto levantar histórias por trás desse material, que ajuda a contar a evolução do design gráfico.

Leia a matéria "O caminho das pedras da litografia carioca" no link: http://oglobo.globo.com/rio/escola-de-artes-visuais-aponta-caminho-das-pedras-da-litografia-carioca-14700239

[ Fábio Carvalho | Portfólio de Ações - 2010/2014 ]

(Rio de Janeiro)
abertura: 12 de novembro, quarta, 18h
até: 5 de dezembro, seg/sex, 9 às 20h

Exposição que traz pela primeira vez um panorama da produção artística de Fábio Carvalho nos últimos cinco anos abre dia 12 de novembro, quarta-feira, às 18h na Galeria de Arte do Café Baroni. O projeto é uma parceria entre a Caza Arte Contemporânea, Marcia Zoe Ramos Escritório de Arte e Raquel Baroni.


O artista carioca Fábio Carvalho abre no próximo dia 12 a exposição “Portfólio de Ações - 2010/2014", na galeria de arte do Café Baroni, localizada no Edifício Bolsa do Rio, na praça XV de novembro n° 20, Centro. Esta exposição apresenta 42 trabalhos criados entre 2010 e 2014, sendo que mais da metade destes ainda são inéditos no Rio, e traz como destaque a série inédita “Unidade do Exército Monarca”.

Na série Unidade do Exército Monarca — ou simplesmente UdEM —, vemos uma grande quantidade de impressões de soldados segurando um fuzil, com asas de borboleta saindo de suas costas. As impressões em folhas de papel de seda foram feitas com carimbos de borracha produzidos à mão pelo próprio artista, e em seguida coladas sobre 11 telas na forma de "lambe lambe". O "Monarca" do título é uma referência à borboleta monarca (Danaus plexippus) recorrente em trabalhos de Fábio Carvalho.


7ª Udem (Unidade do Exército Monarca)
"lambe lambe" (impressão com tinta acrílica e carimbos em papel de seda) s/ tela

Desde 2009 Fábio Carvalho nos convida a uma reflexão sobre os elementos que constituem as expectativas de gênero. Seus trabalhos operam na superposição e no conflito entre elementos tradicionais do universo feminino, em particular os padrões decorativos florais, as borboletas, a louça de porcelana, o scrapbook vitoriano, o bordado, as pérolas, as rendas e os cristais, com os estereótipos de masculinidade, como o militar, o policial, o executivo, o halterofilista, o cowboy, etc. O artista acredita que a reflexão proposta por sua produção possa nos levar a novas posturas e ações frente a uma questão tão urgente em nossos dias. Basta lembrar a quantidade absurda de pessoas agredidas e até mesmo mortas diariamente no Brasil pelo simples fato de serem diferentes.

Pérolas aos poucos n° 4
tecido montado sobre chassi, bordado à mão, apliques industriais, pérolas falsas, cristais falsos

Nos trabalhos de Fábio Carvalho ficamos frente a frente com imagens e objetos plenos de beleza, sedução e delicadeza, talvez fazendo-nos até esquecer que estes estão entremeados ou partem de elementos que representam violência e repressão, em particular tendo em mente a história recente brasileira. Estamos, portanto, diante de um dilema provocado por um discurso aparentemente contraditório, e cabe a cada um tomar a sua posição frente a este dilema.

Em seu trabalho o artista procura questionar o senso comum de que força e fragilidade, virilidade e poesia, masculinidade e vulnerabilidade não podem coexistir, propondo uma discussão sobre os estereótipos de gêneros. E agora, na Galeria de Arte do Café Baroni, temos a oportunidade de conferir trabalhos de diversas séries e épocas do artista juntos pela primeira vez.
Medalhão Monarca 2
faiança vidrada e policromada à mão com uso de estampilhas originais criadas pelo artista

Serviço:
exposição “Fábio Carvalho | Portfólio de Ações - 2010/2014
galeria de arte do Café Baroni
Bolsa do Rio - praça XV de novembro n°20 – Centro
abertura: 12 de novembro, 18h
até: 5 de dezembro, seg/sex, 9 às 20h

[ Cerâmica! ]

(Rio de Janeiro)

abertura: 19/9/2014
até: 30/11/2014


CERÂMICA!

A exposição que abre na Galeria Meninos de Luz este mês traz para a comunidade o trabalho de artistas envolvidos com a cerâmica e suas várias particularidades. São obras que vão desde a manufatura própria do artista até a apropriação de peças prontas e retrabalhadas. 

Cris Cabus

A mostra reúne utilitários de design elaborado, mas tem seu foco na construção poética visual que abre novas perspectivas de entendimento dessa técnica para além da mera formalização tradicional e alcançando patamares de verdadeiras obras de arte.

Sylvia Goyanna

Outra atividade já consagrada em exposições anteriores na galeria será a oficina ministrada por artistas aos alunos do Solar, mas com a novidade de que dessa vez os alunos serão levados ao ateliê de cerâmica para conhecerem de perto como tudo funciona e também lá executarem trabalhos de cerâmica artística.

Jesse Emidio

A pluralidade de meios é o foco que se busca a cada nova exposição realizada na galeria que já recebeu grafiteiros, gravuristas, fotógrafos, poetas visuais, pintores e agora ceramistas, e sempre com o viés de que artistas estivessem envolvidos com essas práticas dedicando olhar mais atento às questões relevantes que norteiam o fazer artístico.

Osvaldo Carvalho
curador

Fábio Carvalho

serviço:
Cerâmica! 
exposição de Cris Cabus, Denize Torbes, Fábio Carvalho, Guilherme Toledo, Jesse Emidio, Rosita Rocha e Sylvia Goyanna.
curadoria Osvaldo Carvalho
ABERTURA: 19/09 - sexta feira - 16:30h
GALERIA MENINOS DE LUZ
Rua Saint Roman, 149 - Copacabana

[ Paisagens Inventadas ]

(Rio de Janeiro)
dia 28/11/2014 - 19h


Fechando o ano e iniciando sua primeira exposição coletiva, a EIXO Arte apresenta PAISAGENS INVENTADAS. Sob a curadoria de Marco Antônio Portela a exposição leva ao visitante, fotografias e vídeos de 24 artistas. A exposição propõe a reinvenção da paisagem sob uma perspectiva contemporânea, usando como forma de circulação a rede mundial de computadores para refletirmos sobre a noção de paisagem frente aos desafios que a contemporaneidade apresenta.

Importantes nomes das artes visuais estarão presentes na primeira coletiva da jovem, porém inovadora plataforma. A novidade para esta coletiva, contam Sara Figueiredo e Sandra Tavares (fundadoras da Eixo) é que a exposição virtual 3D será projetada em espaço real no momento exato de seu lançamento na web, fato este que marcará um novo momento na trajetória da Eixo.

A escolha do Ateliê da Imagem, situado na Urca, não foi por acaso. Entre artistas, estudantes, amigos e o tradicional bairro nobre da Zona Sul da cidade do Rio, o Ateliê da Imagem vem se consolidando como uma das principais referências brasileiras no ensino, produção e pensamento sobre a fotografia e a imagem contemporânea. Uma escola livre de imagem, responsável pela formação de uma nova geração que hoje é revelada em concursos, editais e projetos em todo o Brasil.

A inauguração será no dia 28 de novembro de 2014 às 19h no Ateliê da Imagem localizado na Av. Pasteur, 453 – Urca. A exposição virtual 3D estará disponível para ser visitada em detalhes a qualquer hora e lugar através do site www.eixoarte.com.br

[ lançamento do catálogo e mesa redonda - Prometheus Fecit ]

(Porto - Portugal)
dia 27/11/2014, 18h
exposição até: 14/12/2014


Lançamento do Catálogo da Exposição “Prometheus fecit: terra, água, mão e fogo. Residências Artísticas de cerâmica contemporânea em Alcobaça”

MESA REDONDA | 27 de novembro, 18h - auditório do Museu Nacional de Soares dos Reis

No momento em que se apresenta ao público o catálogo desta exposição, reúnem-se novamente organizadores, curadora e alguns dos artistas participantes, para partilhar a experiência que tiveram com as residências e a exposição, bem como pensar as hipóteses de continuidade e de expansão deste tipo de criação artística em ligação com as fábricas de cerâmica.

catálogo
Na mesa redonda estarão presentes os artistas Albuquerque Mendes, Graça Pereira Coutinho, Jorge Abade, Maria Pia Oliveira, Sofia Castro e Susana Piteira, a curadora Maria de Fátima Lambert, o arquiteto Manuel da Bernarda, representante da Fábrica Perpétua, Pereira e Almeida (S. Bernardo), e a diretora do MNSR, Maria João Vasconcelos.

"Em pele de cordeiro" - Fábio Carvalho
aprox. 1.000 peças de faiança vidrada | 2,0 x 1,6 m
foto: Maria de Fátima Lambert

[ Arte Pará 2014 - inscrições abertas ]

(Nacional)
até 11/9/2014

Artistas de todo o Brasil e estrangeiros, legalmente residentes no país, já podem inscrever-se para a 33° edição do Arte Pará. Em 2014, a novidade é que os candidatos terão à disposição categorias mais específicas para as obras. O objetivo é facilitar o processo de inscrição, além de promover um julgamento mais exclusivo do conteúdo artístico.

As inscrições são gratuitas e estarão abertas, de 15 de julho a 11 de setembro, no site da Fundação Romulo Maiorana (www.frmaiorana.org.br), no domínio (www.artepara.net), por Correio ou, pessoalmente, na sede da FRM (Av. Romulo Maiorana, 2473, Marco), das 10 às 18 horas. Aqueles que encaminharem o dossiê por Correio deverão considerar o prazo de entrega dos documentos que precisa chegar até dois dias antes do julgamento.

Para concorrer, o artista deverá encaminhar a ficha acompanhada do dossiê, em formato máximo de 21×33 cm (tamanho oficio). Nele, deverão estar contidos: currículo resumido, fotos e imagens impressas de três trabalhos ou projetos/maquetes eletrônicas a serem apresentados. Serão aceitas apenas inscrições cujas obras sejam inéditas em salões e exposições de arte. E, cada artista terá direito a uma inscrição individual; podendo, ainda, participar em projeto coletivo.

Os candidatos deverão inscrever, obrigatoriamente, três trabalhos, em uma única categoria. A comissão de seleção determinará quais obras participarão da mostra; sendo dípticos, trípticos e polípticos considerados obras únicas.

O julgamento dos trabalhos será realizado em uma única etapa, nos dias 13, 14 e 15 de setembro. O resultado será publicado nos jornais O Liberal e Amazônia, no site da Fundação e no facebook do Arte Pará, no dia 16 de setembro. Caso seja selecionado, o artista compromete-se a participar de todo o processo educativo, que inclui seminários e conversas aproximadas com os mediadores e o público.

PREMIAÇÃO

Este ano, o Arte Pará concederá o total de R$50.000,00 em premiação, divididos da seguinte forma: R$10.000,00, para cada um dos três primeiros colocados e ajuda de custo no valor de R$1.000,00 para todos os 20 artistas selecionados na mostra. O auxílio será destinado para custear a produção do trabalho selecionado e/ou despesas referentes à participação do artista no evento.

Serviço
Inscrições: 15 de julho a 11 de setembro de 2014
Seleção: 13, 14 e 15 de setembro de 2014
Resultado da Seleção: 16 de setembro de 2014
Abertura da Mostra: 09 de outubro de 2014
Encerramento: 09 de dezembro de 2014

[ Fábio Carvalho participa da exposição "Papel de Seda" - RJ ]

(Rio de Janeiro)
abertura: 25/05/2014, 18:30 h
até: 30/08/2014

Fábio Carvalho participa da exposição coletiva "Papel de Seda", que reúne artistas brasileiros e italianos no IPN Museu Memorial, na rua Pedro Ernesto, 32/34, Rio de Janeiro. A exposição abre no dia 25/6, quarta, 18h30, e tem curadoria de Marco Antonio Teobaldo.



A proposta da mostra é reunir um grupo de artistas para realizarem suas obras sobre um mesmo suporte: o papel de seda. A delicadeza do papel de seda será transformada em obras site specific para a Galeria Pretos Novos. Inicialmente se pensou em apresentar as obras coladas diretamente sobre as paredes da galeria, reiterando o caráter frágil e efêmero da matéria. Mas surgiram propostas que extrapolaram a bidimensionalidade e o emprego deste material.

Dentro do contexto histórico em que se apresenta a galeria, localizada sobre o mais importante sítio arqueológico da rota dos escravos no Brasil, o Cemitério dos Pretos Novos, a fragilidade da estrutura dos materiais utilizados e a sobreposição das camadas de papel se integrarão a estrutura arquitetônica do espaço.

"Parada Monarca", de Fábio Carvalho.

Para esta exposição Fábio Carvalho desenvolveu um trabalho inédito, chamado "Parada Monarca", que se constitui de bandeirinhas de papel seda branco com impressões em tinta acrílica, através do uso de carimbos de borracha produzidos à mão pelo próprio artista, a partir de um desenho original de sua autoria de um soldado em uniforme camuflado, com asas de borboleta saindo de suas costas. O "Monarca" do título é uma referência à borboleta monarca (Danaus plexippus) recorrente em trabalhos de Fábio Carvalho.

As "bandeirinhas" serão penduradas da maneira tradicional das festas juninas, porém em fileiras sucessivas, formando uma grande matriz de soldados, com dimensões totais de de 1,60 m de altura por 1,40 m de largura.

O título da obra, "Parada Monarca", é alusivo à formação que os soldados ficarão na parede, tal qual a formação de um desfile (parada) militar, e também um jogo de palavras com a impossibilide destes soldados ficarem realmente parados, ordeiros, como se espera de um militar, pois devido à leveza do material, qualquer deslocamento de ar os fará "voar", tornando o trabalho altamente cinético e ruidoso, numa homenagem explícita às "Superfícies Farfalhantes" de Aluisio Carvão, criadas nos anos 1960, com as quais quebrou a rigidez do movimento Concreto.

Carimbos de Fábio Carvalho em arte da logomarca da exposição
criada pela designer Adriane Amato.

Os artistas participantes da mostra são os brasileiros Eduardo Denne, Fabio Birita, Fábio Carvalho, Noises Patrício, Ozi, e os italianos Mr. Klevra e Omino71.

FOTOS DA ABERTURA











[ Leonilson: Verdades e Mentiras ]

(São Paulo)
abertura: 22 de julho, 19h - 22h
até: 30 de agosto


Trabalhos dos últimos anos de vida de Leonilson são tema de exposição na Galeria Superfície


A exposição foca a produção dos 10 últimos anos de vida do artista José Leonilson Bezerra Dias (1957-1993), conhecido apenas como Leonilson. Intitulada “Leonilson: Verdades e Mentiras”, a mostra, que conta com texto e curadoria da artista Leda Catunda, amiga pessoal do artista, reúne obras de diferentes formatos, como desenhos, pinturas, aquarelas e esculturas. São obras garimpadas em coleções particulares, entre elas, algumas nunca exibidas ao público.

A produção de Leonilson é um verdadeiro arquivo sobre sua vida, uma incansável busca de intensidade poética individual, onde a obra é o suporte e registro. Os últimos anos de sua vida foram marcados por um sentido de vulnerabilidade humana e na possibilidade de transcendência. A AIDS mudou o rumo da sua vida e marcou sua produção artística, conferindo-lhe uma terminologia final e irredutível.

O despojamento e a simplicidade característicos de sua obra, particulamente aos desenhos desse período, são tensionados pela morte anunciada e pela busca de sentido para a travessia da vida para o estado espiritual.

Serviço:
Leonilson: Verdades e Mentiras
Curadoria de Leda Catunda
abertura: 22 de julho, terça feira, das 19h às 22h
até 30 de agosto

[ Fabulário ]

(Niterói)
abertura: 12/07/2014, 11h
até: 24/08/2014 


Fabulário de Osvaldo Carvalho no MAC-Niterói
Com apoio de Eixo ArteContemporânea.
Curadoria de Mariana Bretas.

Fabulário é a mais nova série de pinturas apresentadas por Osvaldo Carvalho no MAC de Niterói. O artista apresenta 10 telas de grandes formatos em que fala de algo que parece inofensivo, porém, de fato, é uma exposição em que o espectador é convidado a refletir sobre o caráter universal do emaranhado de situações que permeiam nossas vidas, hora de forma feliz, harmoniosa e limpa, hora com uma obscuridade que lutamos para mantê-la longe dos olhos, por vergonha ou por ignorância. As pinturas têm esse princípio em suas faturas, cada uma com seu ar ingênuo, mas à beira do precipício, reafirmando a complexidade da condição humana.


Abertura: 12 de julho de 2014. Sábado a partir das 11h.
Visitação: de 13 julho a 24 de agosto. Terça a domingo das 10 às 18h.
MAC – Niterói (varanda) 1º andar. Mirante da Boa Viagem, s/nº - Boa Viagem, Niterói - RJ
Informações: (21) 2620-2400.

[ obras de Fábio Carvalho na revista eletrônica Bibliothèque (Grécia) ]

Diversos trabalhos de Fábio Carvalho foram publicados juntos a um artigo e a um poema no site grego de filosofia e poesia Bibliothèque.


A revista eletrônica grega Bibliothèque (http://bibliotheque.gr), de filosofia e poesia, por duas ocasiões selecionou trabalhos de Fábio Carvalho para acompanhar como contraponto suas publicações. A primeira vez foi em outubro de 2013, quando sete de suas obras acompanharam o artigo "Οι Πρωτόγονες Ρίζες Του Πολέμου" (As Raízes Primitivas das Guerras), de Καίτης Βασιλάκου.


link: http://bibliotheque.gr/archives/29098
via Google translator: http://tinyurl.com/bibliotheque-fc1


Agora, hoje, a revista Bibliothèque volta a publicar obras de Fábio Carvalho em suas páginas, desta vez junto ao poema "Τρείς Έλληνες Αντάρτες" (Três Rebeldes Gregos), de Wolf Biermann.


link: http://bibliotheque.gr/archives/37542
via Google translator: http://tinyurl.com/bibliotheque-fc2

Nas palavras de Vassos Georgas, Editor Chefe da revista Bibliothèque, "Na obra única de Fábio Carvalho encontramos tamanha melancolia e uma mensagem muito pacífica sobre os seres humanos que desapareceram. As pessoas costumam esquecer muito facilmente os seus defeitos e no trabalho de Carvalho encontramos uma mensagem muito forte: quão bela é a vida na paz e na harmonia".

[ Como Refazer o Mundo ]

(Salvador)
abertura: 15/05/2014, 19 horas.
até: 30/07/2014




Artistas: André Winn . Andrea Brown . Andrey Zignnatto . Adrianna Eu . Almandrade . Ana Verana . Arthur Scovino . Bicicleta Sem Freio . Bruno Miguel . Camila Soato . Carolina Paz . Derlon Almeida . Eliezer Bezerra . Evandro Soares . Fabiano Devide . Fábio Baroli . Fábio Carvalho . Fábio Magalhães . Helô Sanvoy . João Oliveira . Juliana Moraes . Lilian Maus . Luciana Knabben . Luiz Mauro . Marcelo Daldoce . Maíra Lins . Péricles Mendes . Renata Cruz . Rosa Bunchaft . Tuti Minervino . Victor Leguy . Virgílio Neto . Zé de Rocha.

Curadoria: Divino Sobral

A galeria Luiz Fernando Landeiro Arte Contemporânea abre no dia 15 de maio, às 19 horas, a exposição coletiva Como refazer o mundo, com curadoria assinada por Divino Sobral, artista plástico e curador goiano. A exposição ficará em cartaz até o dia 30 de julho, enriquecendo a programação cultural de Salvador durante a 3ª Bienal da Bahia.

Fábio Baroli (MG)

A exposição Como refazer o mundo agrupa pintura, desenho, aquarela, gravura, bordado, recorte, objeto, instalação, fotografia, vídeo, registro de performance, performance e graffiti, evidenciando a prática artística contemporânea como uma atividade que se dedica a refazer aspectos do mundo. Reúne obras que trabalham com diferentes categorias e suportes, que reconstroem e deslocam o estatuto e a configuração de imagens e figuras, de pequenas coisas do dia a dia, de acontecimentos que passam despercebidos, de objetos que de tanto usarmos deixamos de notar, de afetos que vão sendo armazenados na memória e para os quais muitas vezes não temos tempo, de desejos que frustramos, desviamos ou não realizamos, de espaços da imaginação que deixamos de frequentar e de colocarmos em conversação com os espaços do mundo, por estarmos tão alienados pelo funcionalismo e pela urgência da vida nas grandes cidades. Reúne obras feitas em diálogo com o mundo e que nos colocam atentos a ele, que nos convidam a vivenciá-lo, que operam e produzem sentido diante dele e para ele, trabalhos que propõem inúmeras formas de conversações com as questões da vida atual.

Fábio Carvalho (RJ)

O público soteropolitano poderá ver em conjunto diversas questões de interesse no quadro da produção brasileira, tais como: a apropriação e a mistura de imagens prontas produzidas tanto pela história da arte quanto pela publicidade e pela indústria; a recuperação da linguagem figurativa explorada na elaboração de narrativas visuais dedicadas ao universo da intimidade do artista e à manifestação do sujeito em atrito com o mundo; o desenvolvimento de complexas relações entre imagem e texto; as diferentes maneiras pelas quais se manifestam repertórios vinculados à memória; a presença de procedimentos de colecionismo e de arquivismo na formação das obras; o diálogo entre as heranças populares e a linguagem contemporânea; a presença ou a representação do corpo e da carne humana na constituição da obra; o conceito de obra em processo aberta aos experimentos e ao registro do tempo; a crítica à alienação da sociedade de consumo; a importância do desenho enquanto linguagem autônoma nos circuitos de arte institucional e mercadológico.
Divino Sobral


Renata Cruz (SP)

No dia 17 de maio, sábado, às 17 horas, o curador realizará uma visita guiada à exposição comentando as obras e as relações poéticas criadas por ele entre elas no espaço da galeria.

abertura: 15 de maio de 2014, às 19 horas.
até: 16 de maio a 30 de julho de 2014.
visita guiada com o curador: 17 de maio, às 17 horas.
horário: segunda/sábado, 10 - 19 horas
Luiz Fernando Landeiro Arte Contemporânea
Rua da Paciência, nº 227, Rio Vermelho, 41.950-010, Salvador / BA.
Tel. 55 71 3035-4154 / 8802-4154

[ Fábio Carvalho acaba de retornar de Portugal, onde participou de nova residência artística ]


Depois de Caldas da Rainha (Faianças Bordallo Pinheiro, 2011), Porto (Maus Hábitos, 2012), Vista Alegre (Porcelana Vista Alegre, 2013) e Ílhavo (Oficina da Formiga, 2013), Fábio Carvalho acaba de retornar de sua quinta residência artística em Portugal.

Esta foi a quarta residência artística de Fábio Carvalho com cerâmica, que aconteceu na São Bernardo Ceramics, fundada em Alcobaça nos anos 1980 pelo arquiteto Manuel da Bernarda, cuja família está envolvida na industria da cerâmica desde 1875. Alcobaça é uma cidade onde a tradição da produção cerâmica remonta ao século XII.

O projeto e a curadoria da residência artística são de Maria de Fátima Lambert, curadora residente no Porto, Portugal, atuante em todo aquele país e no exterior, incluindo o Brasil. Além de Fábio Carvalho mais 3 artistas brasileiros e 12 portugueses fizeram parte da residência artística. As obras em cerâmica produzidas serão expostas em outubro no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, Portugal. A São Bernardo Ceramics tem tradição na colaboração com renomados artistas internacionais, como Gerald Gulotta, Jasper Conran, James Packer, John Rochas, Arnold Zimmerman, Nancy Smith, entre outros.
Na residência, Fábio Carvalho produziu dois novos trabalhos: Em Pele de Cordeiro, uma obra de grandes dimensões (2,0 x 1,5 m) , composta por quase 1300 pequenas peças (borboletas e flores), ampliando os limites da sua recente experiência em cerâmica, e Gêmeos, obra composta por 4 peças de tamanho médio.


Na obra Em Pele de Cordeiro o artista criou um mosaico com aproximadamente 670 borboletas e 620 flores moldadas totalmente à mão pelo artista, e vidradas em 6 diferentes cores, que juntas formam o desenho de um soldado em tamanho natural com uniforme militar camuflado segurando um fuzil. O soldado em mosaico estará "deitado" sobre uma superfície de 60 cm de altura, aproximadamente a altura de uma cama. As borboletas e flores não estarão coladas na superfície, acentuando o caráter frágil das pequenas peças, e reforçando a ideia de que tudo aquilo pode se desfazer a qualquer instante.

Em Pele de Cordeiro, projeto

Como sugere o título da obra, Em Pele de Cordeiro, as borboletas e flores seduzem o olhar com sua delicadeza e fragilidade, talvez fazendo-nos até esquecer que elas fazem parte de uma imagem que representa, em particular tendo em foco a história recente brasileira, violência e repressão. Estamos portanto diante de um dilema provocado por um discurso contraditório, dúbio, e cabe a cada um tomar a sua posição frente a este dilema.

Em Pele de Cordeiro, detalhe

[ Fábio Carvalho realiza em Portugal a intervenção urbana "Migração Monarca" ]


Fábio Carvalho está mais uma vez em Portugal, onde realiza a intervenção urbana "Migração Monarca" em junho, durante as tradicionais "Festas de Lisboa". Nesta época, que vai de finais de maio até início de julho, tendo seu auge no dia de Santo Antônio (13/6), padroeiro popular dos lisboetas, algumas áreas de Lisboa, especialmente no Alfama, se cobrem de ornamentações e barraquinhas de comidas típicas, tudo acompanhado de muita música e desfiles populares. O tema das festas em 2014 é a "Peregrinação", livro de Fernão Mendes Pinto, que completa 400 anos da sua publicação.


Os "Monarcas" são impressões com tinta acrílica em folhas de papel de seda branco, de tamanho aproximado ao de uma bandeirinha de festas de São João. A impressão foi feita com o uso de carimbos de borracha produzidos à mão pelo próprio artista, a partir de um desenho original de sua autoria de um soldado em uniforme camuflado, com asas de borboleta saindo de suas costas.

As "bandeirinhas" são coladas em linha branca, para serem penduradas pelas ruas em meio às ornamentações já existentes. Migração Monarca é uma intervenção urbana discreta, de pequena escala, que como os soldados em tocaia nas matas, se camufla sutilmente de ornamentação. Porém, devido a vibração das cores das asas, e o farfalhar das folhas ao vento, a qualquer momento capturam a atenção dos passantes, que por vezes se mostram intrigados com o que veem. Foi observado que em alguns casos há uma associação quase imediata ao 25 de abril, dia de comemoração do início da Revolução dos Cravos, que deu fim à ditadura de Salazar em Portugal, que completou 40 anos em 2014.


O uso da borboleta monarca (Danaus plexippus) em alguns dos trabalhos de Fábio Carvalho vai muito além do simples fato de borboletas serem normalmente associadas ao universo feminino, frágil e delicado, que em oposição aos símbolos usualmente pensados como masculinos, de força e virilidade, como os militares, formam a principal dialética de sua produção artística, que procura levantar uma discussão sobre estereótipos de gênero, e questionar o senso comum de que força e fragilidade, virilidade e poesia, masculinidade e vulnerabilidade não podem coexistir.

Seu uso surgiu também como um contraponto à camuflagem dos uniformes militares. As borboletas monarca são tóxicas, e por isso evitadas pelos predadores. Há outras espécies de borboleta não venenosas que mimetizam (imitam) o padrão exuberante da monarca, que assim são também evitadas pelos predadores. Com a camuflagem, procura-se misturar ao ambiente, para não ser visto. Já no mimetismo acontece o oposto, trata-se de chamar muita atenção. Ambos são porém igualmente estratégias de sobrevivência e proteção, que objetivam confundir e enganar, ao se fingir ser algo que não se é.


A borboleta monarca é a única espécie de borboleta a realizar uma migração longa, chegando a voar até 4.800 Km para chegar ao seu destino. A sua migração de reprodução, quando se tornam mais ativas, se dá na primavera do hemisfério norte.

Deste aspecto migratório da borboleta monarca, somado ao fato de que o trabalho foi originalmente criado no Rio de Janeiro, e a ida de Fábio Carvalho para Portugal, durante a primavera do hemisfério norte, mesmo período da migração das borboletas monarcas, surge Migração Monarca, que é um desdobramento da obra Parada Monarca, ainda inédita, e que será apresentada brevemente na exposição Papel de Seda, no IPN - Museu Memorial, na Gamboa (Rio de Janeiro), com curadoria de Marco Antonio Teobaldo.


O curioso é que as borboletas monarcas começaram recentemente a aparecer com frequência em Portugal continental, na região do Algarve, fato que jamais havia sido registrado até o início do século XXI.

Fábio Carvalho participará ainda em Portugal de uma residência artística na São Bernardo Ceramics, em Alcobaça, com curadoria de Maria de Fátima Lambert, curadora residente no Porto, Portugal, atuante em todo aquele país e no exterior, incluindo o Brasil, cujo resultado será apresentado no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto.

[ Rosana Palazyan - ... nunca mais eu quis saber de futebol, de mais nada... - 2006 ]

... nunca mais eu quis saber de futebol, de mais nada... - 2006

Da série* : “... uma história que você nunca mais esqueceu?” - 2000/2007



Bordado e objeto (poliamida, algodão, arame) sobre travesseiro 
20 cm x 63 cm x 45 cm - Coleção particular
* Série baseada nos depoimentos de adolescentes internados em instituição por infringirem as leis.


Texto bordado em torno da peça: Quando eu era pequeno me pai me levava sempre pra ver ele jogando no campinho. O sonho do meu pai era ser jogador de futebol... Aí ele morreu com um tiro da polícia, na guerra do morro, tava vindo do trabalho... Nunca mais eu quis saber de futebol, de mais nada. Cresci revoltado, sangue frio, entrei pro crime... Meu pai era tudo pra mim...




Durante 3 anos (2000 a 2003), visitei adolescentes internados em instituição destinada à recuperação de jovens que infringiram as leis. No início, o que pretendia ser uma pesquisa, passou a caracterizar meses de convivência diária, diálogos, trocas culturais e afetivas.

Experimentando uma proposta inédita e completamente desconhecida por mim, várias obras surgiram durante este período. Todas com base nas conversas e trocas estabelecidas com os adolescentes. Uma delas é a instalação: “… uma história que você nunca mais esqueceu?”

Diante de tantas histórias vividas (desde a violência doméstica e a do dia a dia nas ruas; traumas, sentimentos de traição, agressões - e até mesmo alegrias e histórias de amizade e solidariedade...) minha curiosidade era se eles haviam guardado aquela história que nunca mais esqueceram. Depois de muitos encontros estas histórias foram surgindo recuperadas de suas memórias, e a cada dia mais adolescentes tinham interesse em me conhecer e conversar.

Nos trabalhos desta série criei cenas baseadas nas respostas dos jovens do que para eles era impossível esquecer.

Conheci mais de 100 meninos. E ouvir cada história individualmente me fez perceber o quanto estava sendo importante nossa troca. Naquele lugar, sozinha, entendi que se houvesse uma verdadeira intenção de transformação pelas intuições, estudar cada caso separadamente, cada história de vida, seria a grande oportunidade para que eles pudessem ter suas vidas reconstruídas.

De minha parte entendi que depois de criar vínculos e estar tão presente no cotidiano diário, não poderia ir embora e desaparecer de repente. Decidi então continuar na instituição até que o último adolescente que eu havia conhecido individualmente tivesse sido posto em liberdade. Para que não experimentassem mais uma vez o sentimento de abandono constante em suas vidas.

Após a realização das obras, já envolvida e inserida naquele contexto junto aos adolescentes e os profissionais que lá trabalhavam, continuei frequentando a instituição desta vez como voluntária e criando propostas inéditas que surgiam de nossas trocas.

Experimentar este processo na arte e na vida foi inesquecível e a partir dele pretendo dar prosseguimento a proposta de viver a arte como o encontro com o outro, na tentativa de transformar as relações das pessoas diante de universos e questões ainda tão desconhecidos.

Rosana Palazyan, 2004