[ Ateliê Aberto #3 - Inscrições ]

(nacional)

A Casa Tomada abre inscrições para a seleção de projetos da residência artística Ateliê Aberto #3, a ser realizada no período de 08 de setembro de 2010 a 14 de dezembro de 2010. Localizado na aclimação, região central da cidade de São Paulo, Brasil, o espaço pretende estimular a produção e a difusão das artes visuais no âmbito do município de São Paulo e consolidar a Casa Tomada como um espaço institucional de experimentação nas artes visuais e de reflexão crítica sobre seus desenvolvimentos contemporâneos.

Inscrições: 14 de maio de 2010 a 30 de junho de 2010

Podem inscrever‐se jovens artistas brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil ou no exterior. As inscrições serão gratuitas.As inscrições deverão necessariamente ser feitas nos idiomas português, espanhol ou inglês. As inscrições deverão ser feitas somente via email, através do endereço inscricao@casatomada.com.br.

A próxima edição do projeto, o Ateliê Aberto #3, terá início em setembro de 2010, com duração de três meses, e contará com a participação de 5 a 7 artistas e 2 a 4 pesquisadores teóricos escolhidos através de um processo seletivo.

Jovens artistas e pesquisadores de qualquer área de atuação das artes e de qualquer nacionalidade estão aptos a se inscrever no processo seletivo, que será feito somente pela internet.

Para o projeto Ateliê Aberto, é oferecido pela Casa Tomada:

- espaço de convivência, incluindo salas de estar e cozinha coletiva.
- ateliê de 80m².
- biblioteca de artes com cerca de 1000 títulos, entre livros, cds e dvds.
- laboratório fotográfico pb.
- vitrine para a rua disponível como espaço expositivo durante o processo de ateliê.
- visitas de curadores, artistas e galeristas aos artistas em ateliê.
- jantares com curadores, galeristas e/ou artistas.
- exposição dos trabalhos produzidos na Casa durante o processo.
- divulgação da exposição.
- materiais básicos de desenho, pintura e colagem.
- um computador para pesquisa, trabalhos e acesso à internet.
- sistema wireless na maior parte dos pontos da casa.
- blog no site da Casa para cada artista.
- publicação Convivências, sobre os processos do Ateliê Aberto #3, realizada pela Casa Tomada, lançada junto com a exposição final.

mais informações sobre a inscrição: http://casatomada.com.br/site/?page_id=2027


A Casa Tomada é um espaço reservado para práticas, investigações e reflexões de caráter artístico. O projeto surgiu da vontade de construir um espaço que fosse um ponto de convergência entre as diversas áreas de atuação das artes.

Focada em todo o processo de produção e não somente no produto final artístico, a Casa Tomada tem como proposta incentivar a discussão e o desenvolvimento de trabalhos motivados pela vivência compartilhada na Casa, além de discutir o hibridismo de linguagens nos processos artísticos contemporâneos.

Dentro da Casa Tomada desenvolvem-se, simultaneamente, dois projetos principais:
Ateliê Aberto – programa temporal de convivência para jovens artistas,
Ateliê Teórico – programa de pesquisa e produção em história, crítica e curadoria de arte, voltado para jovens pensadores das artes.

A idéia da simultaneidade dos projetos é a troca entre artistas e pensadores da arte, estimulando-os uns aos outros na própria produção de seus trabalhos.

Como forma de apresentação dos projetos desenvolvidos nestes programas, a Casa convida o público para uma exposição que mostra tanto os trabalhos finais, quanto as etapas dos processos de criação. Juntamente com a exposição é lançada a publicação Convivências, com textos sobre os participantes, imagens dos processos, depoimentos dos visitantes que os projetos receberam, além dos trabalhos produzidos pelos participantes do Ateliê Teórico.

A Casa conta com uma biblioteca para pesquisa em artes, boa parte construída através de doações de catálogos, dvds e livros de outras instituições, na qual os participantes dos projetos podem buscar suas referências e, assim, criar um ponto de estudos comum. Este espaço também abriga o acervo de projetos executados dentro da casa, como os cadernos de artista, pequenas publicações e toda a parte documental do desenvolvimento dos programas. Tanto a biblioteca quanto o acervo podem ser consultados por interessados em geral mediante um agendamento.

Ao longo do ano, a Casa Tomada ainda oferece alguns workshops e cursos ministrados por profissionais conceituados de diversas áreas da arte como cinema, performance, música, desenho, entre outros.

[ Programa Novos Curadores / Expomus ]

(nacional)

A Expomus, em correalização com o Paço das Artes e com o patrocínio do Banco Santander, tem o prazer de apresentar o programa Novos Curadores. Trata-se de uma ação inovadora, de formação de curadores numa plataforma colaborativa, com intuito de dar oportunidades a novos talentos em curadoria e contribuir para sua formação teórica e prática.

Inscrições até 30 de junho de 2010

Para se inscrever basta que o (a) interessado (a), após ler o regulamento e estar ciente de suas obrigações perante o concurso, faça o download do arquivo Programas Novos Curadores – Ficha de Inscrição apresentado nesta página, e o envie com a documentação necessária, exclusivamente por correio eletrônico, para o endereço novoscuradores@expomus.com.br.


Regulamento

A Expomus – Exposições, Museus, Projetos Culturais Ltda., na qualidade de proponente do projeto “Ensaios Curatoriais Contemporâneos”, registrado junto ao Ministério da Cultura no âmbito da Lei nº 8313/91 – PRONAC nº 078890, torna público esta chamada com vistas à seleção de participantes para o Programa NOVOS CURADORES, nos termos e condições abaixo estabelecidos.

1 – OBJETIVO

O Programa Novos Curadores tem por objetivo estimular o exercício e a reflexão de novos curadores de diferentes regiões do Brasil, por meio de sua participação em processo de formação com caráter prático, que consistirá no desenvolvimento de um projeto curatorial de exposição de arte contemporânea brasileira, com a orientação e interlocução de curadores e de arquitetos-designers experientes e com a consultoria técnica da EXPOMUS, por meio de uma plataforma colaborativa virtual. Será selecionada a melhor proposta de exposição desenvolvida como fruto desse processo, nos termos do presente regulamento, a qual será apresentada no Paço das Artes, museu parceiro desta edição do Programa.

2 - FUNCIONAMENTO E ETAPAS DO PROGRAMA

A presente chamada de inscrições refere-se à primeira etapa do Programa de desenvolvimento dos projetos curatoriais e selecionará 6 (seis) novos curadores para integrar o Programa. Na segunda etapa será efetuada uma nova seleção, entre os PARTICIPANTES selecionados, para escolha do projeto curatorial que será executado e, na terceira etapa, ocorrerá a montagem e apresentação da exposição do PARTICIPANTE vencedor.

3. PRIMEIRA ETAPA – INSCRIÇÕES E DESENVOLVIMENTOS DOS PROJETOS

3.1 INSCRIÇÕES
Poderão participar deste Programa pessoas físicas com idade igual ou superior a 18 (dezoito) anos, residentes no Brasil

Não poderão inscrever-se pessoas jurídicas, sócios ou funcionários da Expomus e pessoas envolvidas na realização do Programa, bem como cônjuge, ascendente, descendente em qualquer grau e colateral até o 3º grau, por consangüinidade ou afinidade de integrantes da comissão julgadora e de sócios ou funcionários da Expomus.

As inscrições serão gratuitas e estarão abertas no período de 07 a 30 de junho de 2010, devendo ser encaminhadas exclusivamente por correio eletrônico para o endereço novoscuradores@expomus.com.br, contendo as seguintes informações no corpo da mensagem:

1) assunto: INSCRIÇÃO PROGRAMA NOVOS CURADORES;

2) identificação do remetente, nome completo, endereço eletrônico e contato telefônico. A mensagem deverá conter na forma de anexos a documentação especificada a seguir:

a) ficha de inscrição (disponível no site www.expomus.com.br) devidamente preenchida;
b) Currículo sucinto;
c) Pré-projeto contendo um texto, com no máximo 2 (duas) de 2.100 caracteres cada, sobre a idéia que pretende desenvolver ao longo do projeto voltado para a arte contemporânea brasileira. Não é obrigatório, mas, se possível, incluir uma lista preliminar de artistas ou obras;
e) Cópia digitalizada de documento de identidade (RG ou CNH);
f) Cópia digitalizada de comprovante de residência.
Somente serão aceitas as inscrições encaminhadas por e-mail até a meia-noite do dia 30 de junho de 2010.

A ficha de inscrição é indispensável à participação no Programa e os dados dos PARTICIPANTES serão tratados como informações confidenciais.

Os pré-projetos apresentados deverão ser de caráter contemporâneo, focados na produção artística brasileira, inéditos e exclusivos para o Programa Novos Curadores.

Cada interessado poderá inscrever somente 1(um) pré-projeto

A inscrição deverá ser enviada com a íntegra dos documentos acima solicitados, não sendo admitidas alterações ou complementações posteriores à entrega.

Após a conferência da documentação exigida, será encaminhada uma mensagem de email confirmando a inscrição ou informando sua não efetivação, no caso de falta de documentação ou não cumprimento das condições estipuladas neste regulamento, o que servirá como comprovante de inscrição do PARTICIPANTE.

Não serão consideradas as inscrições dos interessados:

(i) Cuja ficha de inscrição ou currículo esteja incompreensível ou em outro idioma
além do português;
(ii) Que possuam endereço de domicílio fora do Brasil;
(iii) Que não preencham de forma exata e completa a sua ficha cadastral, que inclui a concordância com os termos do Programa;
(iv) Que informem dados incorretos, imprecisos e/ou falsos e que, dessa forma, não permitam a identificação e/ou localização do interessado, (a responsabilidade pelos dados incorretos e pelas conseqüências de seus vícios e falhas será integral do interessado que será automaticamente desclassificado);
(v) Cujos documentos tenham sido enviados após a data limite;
(vi) Cujos textos e demais informações transmitidas sejam consideradas, a exclusivo critério da comissão julgadora, grosseiras, discriminatórias ou ofensivas, que violem disposição legal, direitos de terceiros, notadamente, autorais, ou, ainda, tenham qualquer teor comercial;
(vii) Menores de 18 (dezoito) anos de idade,
(viii) Que enviarem proposta idêntica a outra já recebida pela EXPOMUS, prevalecendo, em caso de igualdade, a primeira enviada.

Seleção
A seleção será feita entre 05 a 09 de julho de 2010

Os PARTICIPANTES serão escolhidos por uma Comissão de Seleção por meio da avaliação de toda documentação encaminhada à EXPOMUS. A Comissão de Seleção será composta pelos três curadores, que irão orientar os PARTICIPANTES, e pela coordenação do Programa.

Os PARTICIPANTES serão selecionados pela Comissão de Seleção de acordo com os seguintes critérios gerais:
a) ineditismo do projeto curatorial
b) qualidade do desenvolvimento da proposta / amadurecimento
c) criatividade da proposta
d) qualificação do candidato (currículo);

A Comissão de Seleção é soberana para definir outros critérios de avaliação que julgar adequados, não cabendo recurso às suas decisões.

Resultados
A Expomus divulgará no dia 12 de julho de 2010, por meio do site www.expomus.com.br, o nome dos 06 (seis) PARTICIPANTES selecionados.

Os participantes selecionados serão contatados pela Expomus por e-mail, correio ou telefone dentro de 48 horas após a divulgação dos resultados, para esclarecimentos específicos da participação no projeto e encaminhamento dos documentos necessários para efetivação de contrato e liberação do recurso financeiro referente à ajuda de custo.

Ocorrendo desistência por parte de algum selecionado, serão convocados outros participantes, observando a ordem e os critérios de classificação feitos pela Comissão de Seleção.

3.2 DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS

Esta etapa do projeto terá início no dia 19 de julho de 2010 e se encerrará em 18 de outubro de 2010, e corresponde ao período em que os 06 (seis) PARTICIPANTES que forem selecionados com base nos termos deste regulamento participarão sistematicamente de encontros e debates virtuais no desenvolvimento de projetos de exposições de arte contemporânea brasileira contando com a orientação e interlocução de curadores e designers conceituados.

O trabalho será desenvolvido por meio da BasExpomus, uma plataforma virtual de gerenciamento e colaboração de projetos que permite trocar mensagens na forma de emails ou chats, compartilhar documentos, acompanhar cronogramas, distribuir tarefas, etc. Todos os participantes receberão
orientação para utilização do programa e deverão integrar a comunicação do projeto por meio dele.

Os participantes selecionados receberão uma ajuda de custo no valor total de R$
3.000,00 (três mil reais).

Os curadores participantes selecionados terão um blog que será um canal de comunicação entre eles e o público visitante do site específico do Programa.

Os participantes selecionados deverão autorizar a gravação de sua imagem e voz, bem como a posterior utilização para os fins institucionais sem limitação de prazo e território, para as finalidades de divulgação do projeto.

As propostas de exposição deverão ser finalizadas e publicadas em site específico do Programa até o dia 18 de outubro de 2010, as quais serão analisadas pela comissão julgadora e disponibilizadas no site para votação do público pela Internet, no período de 19 a 22 de outubro de 2010.

O participante selecionado que não realizar as atividades acima descritas, ou quaisquer outras que a Expomus lhe atribuir por meio de contrato a ser firmado entre as partes, será imediatamente excluído do Programa.

Os participantes deverão desenvolver um projeto de exposição com escopo de arte contemporânea brasileira visando a uma exposição que ocupará uma área aproximada de 300m2 do espaço expositivo do Paço das Artes.

Importante: A definição da lista de obras estará submetida à disponibilidade orçamentária do projeto, à efetivação de empréstimo das obras junto a seus proprietários (instituições/coleções/galerias/artistas) e à viabilidade de instalação da obra no espaço expositivo. O curador terá que trabalhar dentro do orçamento e das condições do Programa, por isso serão dados parâmetros desde o início do desenvolvimento dos projetos curatoriais, e, para o projeto expositivo selecionado, na terceira etapa do Programa, será feito estudo de adequação juntamente entre curador e equipe de coordenação.

4. SEGUNDA ETAPA – SELEÇÃO DO PROJETO CURATORIAL

A segunda etapa, relativa à seleção do PARTICIPANTE vencedor, ocorrerá entre 19 a 22 de outubro de 2010.

Os seis projetos curatoriais serão submetidos à avaliação de uma comissão julgadora, bem como do público em geral, através de votação aberta no site específico do Programa.

A Comissão Julgadora será composta pelos três curadores que orientaram os PARTICIPANTES, por um profissional com notório e amplo conhecimento na área, convidado pela EXPOMUS, e pela coordenação do Programa, tendo cada um 1 (um) voto, totalizando 4 (quatro) votos. Os votos do público serão apurados e corresponderão a 1 (um) voto que se somará aos votos da Comissão Julgadora para
decisão final.

A Comissão de Seleção é soberana, não cabendo recurso às suas decisões.

O resultado do PARTICIPANTE vencedor será divulgado no site até o dia 27 de outubro de 2010.

O PARTICIPANTE vencedor será informado, ainda, por e-mail ou por telefone, ou por qualquer meio de comunicação, conforme dados fornecidos no ato da inscrição, sobre sua classificação, dentro de 48 horas após a divulgação dos resultados, para esclarecimentos específicos da participação na terceira etapa do Programa.

Caso o PARTICIPANTE vencedor não seja localizado e/ou entre em contato no prazo de 48 horas a partir do início da divulgação do resultado, perderá, automaticamente, o direito à exposição, não podendo efetuar qualquer reclamação, em nenhuma hipótese, após essa data.

5. TERCEIRA ETAPA - REALIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

A última etapa do projeto ocorrerá de 01 de novembro de 2010 a 31 de março de 2011, e consiste no acompanhamento da produção, do detalhamento do projeto expográfico, na divulgação, na orientação do projeto educativo, na manutenção e na desmontagem da exposição.

O PARTICIPANTE vencedor terá seu projeto apresentado no Paço das Artes, espaço cultural localizado na cidade de São Paulo, à Av. da Universidade, 1 – Cidade Universitária, com inauguração prevista, inicialmente, para 25 de janeiro de 2011.

O PARTICIPANTE vencedor, não domiciliado em São Paulo, ganhará passagem e hospedagem, que serão definidas unicamente pela EXPOMUS, conforme a disponibilidade.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

6.1 – O presente regulamento será publicado no site e ficará disponível para consulta de qualquer interessado durante o período de realização do Programa.
6.2 - Os PARTICIPANTES concordam, desde já, com todas as regras deste Programa, inclusive com a divulgação do seu nome e de sua proposta de exposição no site, caso sejam selecionados, bem como se comprometem a celebrar contrato específico, caso sejam contemplados, para fins de realização da exposição.
6.3 - Os PARTICIPANTES, desde já cedem à EXPOMUS, a título gratuito, os direitos autorais patrimoniais decorrentes das propostas apresentadas, incluindo, mas não se limitando, o direito de divulgação, reprodução total ou parcial, de edição, alteração e/ou modificação, cadastro em sua base de informações, em qualquer forma de suporte, eletrônico ou não, no Brasil e nos demais países do mundo, disseminando-as, promovendo-as e fomentando sua re-aplicação, sem qualquer finalidade comercial,
respeitados todos os direitos morais dos autores.
6.4 - Os PARTICIPANTES declaram, sob as penas da lei, que na produção das propostas de exposição do Programa, não violaram direito autorais de terceiros, responsabilizando-se, civil e criminalmente, por eventual violação.
6.5 - A utilização e/ou divulgação das propostas de exposição do Programa não dependerá de prévia autorização do PARTICIPANTE autor do Projeto, nem lhe dará direito a qualquer remuneração e/ou gratificação adicional ao que consta no presente regulamento.
6.6 - As cláusulas deste regulamento, as premiações oferecidas e/ou datas da promoção poderão ser alterados e o Programa suspenso ou cancelado, sem aviso prévio, na hipótese de força maior, caso fortuito, ou qualquer outro motivo imprevisto que esteja fora do controle da EXPOMUS e comprometam o PROJETO, impedindo ou modificando substancialmente a condução deste como originalmente planejado, sem que caiba qualquer indenização aos eventuais PARTICIPANTES.
6.7 - Os casos omissos e/ou eventuais dúvidas e/ou controvérsias oriundas da participação no presente Programa deverão ser enviados à empresa EXPOMUS, através do e-mail
6.8 - A participação no Programa implica o reconhecimento de todos os termos e condições deste regulamento, e configura a aceitação de todas as normas e condições estabelecidas neste regulamento, bem como implica no empréstimo, obrigatório, a título gratuito e precário, e nas respectivas cessões e autorizações de direito, à EXPOMUS, das propostas escolhidas para atividades de divulgação do presente
Programa, na disseminação e promoção das idéias, iniciativas e projetas voltadas à cultura.
6.9 - Serão desclassificadas as inscrições apresentadas que estiverem em desacordo com quaisquer das exigências estabelecidas neste regulamento.
6.10 - Caberá ao PARTICIPANTE a responsabilidade exclusiva e integral sobre a autoria das propostas, assim como a proteção legal de seus direitos autorais e/ou sobre a propriedade intelectual e/ou industrial para os fins de produção e comercialização.
6.11 - Os esclarecimentos relativos a esta premiação serão prestados nos dias de expediente, das 09 horas às 18 horas, por meio do e-mail novoscuradores@expomus.com.br
6.12 - A publicidade dos atos pertinentes a este Programa será efetuada somente mediante publicação no site.

[ Mediações ]

(São Paulo)

Alice Freire, Amélia Toledo, Ana Sario, Antonio Dias, Bettina Vaz Guimarães, Bruno Mendonça, Eduardo Coimbra, Estela Sokol, Felipe Cama, Felipe Cohen, Fernanda Figueiredo e Eduardo Mattos, Gil Vicente, Lina Wurzmann, Luiz Hermano, Manoel Veiga, Marcelo Silveira, Marcius Galan, Mariana Serri, Mariana Tassinari, Marina Weffort, Milton Machado, Naiah Mendonça, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Renata Ursaia, Rochelle Costi, Rodolfo Parigi, Zed Nesti

Curadoria de Mario Gioia

vídeo, pintura, instalação, fotografia, desenho

24 de junho, quinta-feira, 19h

Ateliê Shirley Paes Leme
Rua Joaquim Antunes 1069, Vila Madalena, São Paulo - SP
Segunda a sexta, 14-21h
Exposição até 27 de junho de 2010

Em tempos de hiperrealidade, real e virtual parecem cada vez terem mais confundidos e "contaminados" seus atributos. Assim, a exposição "física" da galeria Motor lida com tais conceitos de maneira fluida. Uma das intenções é dar ao público a chance de ver, em toda sua singularidade, as obras de arte à venda via web. Propiciar encontros desse tipo podem gerar diálogos anteriormente não pensados e propiciar novas leituras. Uma programação intensa de atividades com artistas durante o período-relâmpago da mostra têm o objetivo de ativar um espaço, torná-lo mais vivo, flexível, híbrido.

[ Novas Aquisições – 2009 / MAC Niterói ]

(Niterói)

Adriana Varejão, Afonso Tostes, Alessandra Vaghi, Ana Holck, Anatol Wladislaw, Felipe Barbosa, Gustavo Speridião, Ricardo Basbaum, Romano, entre outros.

Curadoria de Guilherme Bueno

em paralelo, lançamento de livro O Museu de Arte Contemporânea de Niterói: As Coleções

abertura dia 15/05/2010, sábado, 17h
exposição de 16/05/2010 a 27/06/2010

Parte das obras expostas em “Novas Aquisições - 2009” foi doada pelos artistas ou seus representantes, segundo o diretor do MAC de Niterói, Guilherme Bueno. “No caso de Ana Holck, Speridião, Lynch e Wagner Malta, em especial, a aquisição foi possível graças ao Prêmio Marcantonio Villaça, realizado pela Funarte, que reconheceu a importância de o museu apoiar o trabalho de novos artistas”, diz.

A mostra exibe pinturas, esculturas, instalações, backlights e vídeos, representando a diversidade de linguagens que caracteriza a arte contemporânea brasileira.

Museu de Arte Contemporânea de Niterói - MAC Niterói
Mirante da Boa Viagem s/nº - Boa Viagem
Niterói - RJ
Terça a domingo, 10-18h
55-21-26202400
macniteroi@macniteroi.com
www.macniteroi.com

Revista eletrônica Panorama Crítico recebe textos para publicação

A revista eletrônica PANORAMA CRITICO abre convocatória para envio de textos, artigos e/ou entrevistas referentes ao campo da produção contemporânea em Artes Visuais para publicação na próxima edição, de nº 06, a ser lançada no final de Junho.

Prazo final para recebimento de textos: 20 de junho de 2010.

Mais informações no site da revista: www.panoramacritico.com
Para envio de textos e/ou artigos: editoria@panoramacritico.com

PANORAMA CRITICO é uma revista eletrônica bimestral de acesso gratuito e de abrangência nacional, voltada para a crítica e a produção textual, acadêmicas ou não, dentro do campo das Artes Visuais.

A revista, que estará completando um ano de existência em junho na Edição #06, e tem como objetivo preencher a lacuna deixada pela ausência (ou quase inexistência) de publicações especializadas na área que permitam a publicação e veiculação desta produção de forma independente e imparcial.

Assim, a revista PANORAMA CRÍTICO apresenta-se como uma alternativa de acesso a essa produção, por estar disponível à todos os públicos deste campo: artistas, estudantes, professores, historiadores, pesquisadores, curadores, produtores, conhecedores, galeristas e também instituições, como faculdades, universidades, institutos de artes, fundações, centros culturais e museus, como exemplos, tanto públicos como privados. Esta amplitude de atuação possibilita a constituição de um espaço para o debate crítico das principais questões da arte contemporânea.

[ Gramatura32 ]

(Campinas)



A exposição Gramatura32, projeto realizado por 26 jovens artistas formados pelo Curso de Artes Visuais do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, será aberta nesta quinta-feira (20), às 20 horas, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (Macc). No dia 9 de junho, às 19 horas, no mesmo local, haverá lançamento de catálogo da exposição com uma palestra do crítico Guy Amado. Após o MAC, a mostra segue para a Galeria de Arte Unicamp, dia 28 de junho.

O projeto foi organizado por Sylvia Furegatti Lúcia Fonseca e Tuneu, todos professores do IA-Unicamp. No MAC-Campinas, na rua Benjamin Constant 1633, no Centro, a visitação pode ser realizada de 21 de maio a 20 de junho, de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Aos sábados: das 9 às 16 horas e, aos domingos, das 9 às 13 horas. A entrada é franca. Já na Galeria de Arte Unicamp, à Rua Sergio Buarque de Holanda s/nº, no campus da Unicamp, a visitação acontece de 29 de junho a 16 de julho, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas.

artistas: Alice Reily, Angela Elias, Ayune Namur, Bel Magnani, Bruno Baptistelli (Beba), Carine Rieko, Cloves Marcão, Gabriela Lodo, Helenira Paulino, Julia Rolim, Juliana Sá, Juliana Alvim, Leticia Leardini, Leticia Graciano, Leticia Borges, Ligia Badiale, Luciana Miyuki, Manu Romeiro, Maíra da Silva Pinto, Mariana Murayama, Milena Quattrer, Raquel Ciorlia, Talita Caselato, Talita Mendes, Thais Nihi, Yara de Barros

de 21 de maio a 20 de junho de 2010

Museu de Arte Contemporâneo de Campinas
Rua Benjamin Constant 1633, Centro, Campinas - SP
Terça a sexta-feira, 9-17h; sábado, 9-16h; domingo, 9-13h

[ Corpus in Obra ]

(São Paulo)



Exposição Corpus in Obra, dos artistas Alexandre Matos e Vitor Mizael
Curadoria e texto de apresentação de Paulo Trevisan

Local: TU
Av. Pedroso de Morais, 793, Pinheiros, São Paulo. tel.2528-3261
abertura: 09 de junho, às 20h
encontro com os artistas no dia 19 de junho às 19h30
de 10 - 20 junho, seg a sex 10h - 18h30; sáb 10h- 15h e dom e feriados 11h - 15h

[ Prêmio EDP nas artes ]

(nacional)



2º Edição do Prêmio EDP nas artes - Inscrições e informações para o artista jovem.

Em parceria com a EDP no Brasil o Instituto EDP Energias do Brasil (empresa do Grupo EDP Energias de Portugal), o Instituto Tomie Ohtake retoma seu programa dedicado a estimular a produção contemporânea entre o público universitário e lança o edital do Prêmio EDP nas Artes.

A inscrição é gratuita. Podem inscrever-se jovens nascidos a partir de 1 de janeiro de 1983, de todo o país, residentes no Brasil há pelo menos dois (2) anos.

As obras propostas para seleção não poderão ter sido apresentadas em exposições – coletivas ou individuais – realizadas em galerias comerciais ou instituições. Além disso, o participante não poderá ter participado de nenhuma exposição individual em galeria comercial ou ter sido um dos finalistas da edição anterior deste prêmio.

Inscrições até 20 de junho de 2010

As inscrições poderão ser realizadas pessoalmente ou pelo correio na sede do Instituto Tomie Ohtake
Rua Coropés, 88, bairro de Pinheiros, São Paulo, CEP 05426-010.

Edital e ficha de inscrição: www.institutotomieohtake.org.br/premio/Edital2010.pdf

Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés), Pinheiros, São Paulo - SP
11-2245-1900 ou instituto@institutotomieohtake.org.br
www.institutotomieohtake.org.br
Terça a domingo, 11-20h

[ V Seminário Semestral de Curadoria ]

(São Paulo)

Conferência dialógica com Denise Mattar e Lisette Lagnado

16 de junho (quarta-feira)
17h – 19h30
Faculdade Santa Marcelina – sala 207
Rua Dr. Emilio Ribas, 89 Perdizes – São Paulo

Informações e inscrições na Secretaria Setorial da Pós-Graduação: pelo telefone (11) 3824-5808 ou e-mail pos-graduacao@fasm.edu.br

Evento gratuito


A historiadora da arte e curadora Denise Mattar abre o V Seminário Semestral de Curadoria, projeto promovido e realizado desde 2007 pela Faculdade Santa Marcelina (Fasm) para favorecer o encontro entre profissionais e estudantes, ou interessados, em conhecer e analisar os diversos modos de articulação do sistema da arte. O evento é organizado pela Profª do Mestrado em Artes Visuais, Lisette Lagnado, com o objetivo de abrir o ambiente acadêmico para o debate da teoria e da prática curatorial, reflexão ainda carente de uma bibliografia específica no Brasil.

O V Encontro ressalta artistas do modernismo brasileiro (Flavio de Carvalho, Ismael Nery, Di Cavalcanti), e a tipologia de exposições de caráter retrospectivo, concebidas especialmente para uma instituição museológica. Após um breve histórico das principais curadorias que marcaram o circuito artístico local - com Walter Zanini instituindo uma montagem por « analogia de linguagem » na Bienal de São Paulo de 1981, no lugar dos agrupamentos em países - Denise Mattar aborda a museografia, o display ou arquitetura cenográfica, como alguns preferem denominar a maneira como as obras são dispostas no espaço para adquirir um sentido que pode ser inovador, construído e polêmico.

O curador é um profissional que deve ter uma visão clara do que procura transmitir e, para tal, faz uso de recursos que provém da identidade visual e iluminação. O que pode uma montagem, e o que não pode fazer com a obra de um artista já morto?

Outro tópico que merecerá sua atenção é a necessidade de uma extensa pesquisa preliminar: levantamento bibliográfico, de fotografias, vídeos, e depoimentos. Em que medida esta pesquisa difere - ou não - da pesquisa acadêmica? Como a escrita, uma espacialidade da ordem do discurso, pode conseguir ser simultaneamente lúdica e lingüística?

Responsável também pela exposição comemorativa dos 50 anos de Brasília, Denise Mattar responde a perguntas relacionadas à questão do “novo- nesse momento de revisão do texto de Mário Pedrosa sobre a cidade-capital que se tornaria - síntese das artes.

[ E - Wallace V Masuko ]

(São Paulo)



E é uma exposição formada por título (jornal com Beatriz Toledo – manchete e fotografias), personagens (video-projeção de 41’ em loop) e batida (áudio de 41’ em loop com Bruno Palazzo). Os títulos circulam e se repetem na leitura, cada um dos personagens se apresenta num mesmo lugar, e, algumas vezes, ouve-se o som de uma batida em algum ponto do espaço.

Uma leitura de Words and Music, peça para rádio escrita por Samuel Beckett em 1962, num arranjo de Morton Feldman, realizado em 1987.

Na ocasião será lançada a revista PARA -1. www.revistapara.net, publicação voltada para expor trabalhos de artistas.

de 31 de maio a 13 de junho, segunda a segunda, das 14h às 19h.

teatro de arena
r. dr. teodoro baíma 94 - consolação - são paulo
início da r. da consolação
próx. da pça. roosevelt
paralela à r. rego freitas
metrô república

[ Tom experimental atrai artistas para espaços alternativos em SP ]

(São Paulo)

02/06/2010
por MARIO GIOIA
colaboração para o UOL
http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/2010/06/02/tom-experimental-atrai-artistas-para-galerias-alternativas.jhtm

Depois de carregar sacos de areia, instalar um sistema de iluminação e som e criar uma imagem “sensorial” para sua instalação, o artista Felippe Segall não ficou satisfeito com o resultado, exibido em um mezanino desocupado por anos, na edícula da casa que serve para a exposição “Aluga-Se”, em cartaz apenas até o próximo dia 12 em São Paulo.

Segall, 36 anos, nome emergente na cena de artes visuais de São Paulo – ele participará da próxima “Paralela”, mostra organizada pelas principais galerias paulistanas durante a Bienal de São Paulo, por exemplo -- e já representado por uma galeria importante da cidade, a Casa Triângulo, conseguiu interferir no trabalho até achar que ele ficou satisfatório. “Isso foi muito importante. É raríssimo que consigamos ter uma experiência dessas, mexer na obra no decorrer de uma mostra”, afirma ele, que encheu ainda mais de areia o espaço, além de dispor lâmpadas e equipamentos de som de forma mais equilibrada.

A opinião de Segall serve como síntese de exposições que têm acontecido em São Paulo, com enfoques experimentais e coletivos. Tais mostras servem para artistas sem galeria exibirem suas peças e para nomes mais estabelecidos conseguirem abordar aspectos arriscados de sua obra, sem preocupação comercial com os resultados.

A coletiva “Aluga-Se” ocorre em uma residência de dimensões confortáveis no Alto de Pinheiros, em São Paulo. Reúne 33 artistas de diferentes gerações que se uniram para ocupar um espaço que está longe de ser um cubo branco. Muitos dos trabalhos são site specific, ou seja, são produzidos especialmente para o espaço, mas também há obras feitas anteriormente pelos artistas. A artista Yara Dewachter foi quem conseguiu a cessão da residência e tem suas pinturas exibidas no andar térreo da construção.

No entanto, lugares menos ortodoxos serviram para os artistas fazerem seus trabalhos. Um dos muros que separa a residência de outra propriedade recebeu pintura de Laura Gorski. “Foi um desafio, o muro é bem grande”, diz ela. Em uma das fachadas da construção, de frente para a obra de Gorski, Roberto Fabra fez um grafite com um de seus personagens usuais, um coelho algo computadorizado, em verde. Marlene Stamm aplicou microintervenções em vários cômodos, simulando elementos banais, como um interruptor. Bárbara Rodrigues instalou um vídeo que mostra uma “cascata” (produzida por água de chuva) no que um dia pode ter sido uma despensa.

Mas talvez a ocupação mais impactante dentro de “Aluga-Se” foi a feita por Daniel Caballero, que “invadiu” com terra, sementes – que já brotaram desde a abertura da mostra -- e tinta o que era um dos banheiros da casa. No mesmo andar, Rosana Naday instalou dentro de um antigo quarto um imenso barco, que impossibilita a circulação completa no espaço, fazendo com que o público, pela janela, veja outros trabalhos sob uma nova perspectiva.

Na edícula, Giba Gomes ativou seu próprio ateliê em uma das salas e utiliza uma prensa no local. Seguindo pelo espaço, uma das mais amplas áreas traz as pinturas de Newman Schutze, as intervenções de Lina Wurzmann, uma sala de vídeo com trabalhos de Cinthia Marcelle e Roberto Bellini, o mezanino de Segall, uma intervenção de Wagner Morales e uma pintura em grande escala de Bettina Vaz Guimarães, que a fez sobre pedaços de papel que podem cair do arranjo que criou na parede, em razão da umidade do local.

Obras ocupam casas e passagens

Bettina também participou de outra coletiva em espaços alternativos de São Paulo, o “1º Salão dos Artistas sem Galeria”, sendo uma das artistas premiadas -- os outros contemplados foram Amanda Mei e Bartolomeu Gelpi. Realizada na Casa da Xiclet e na Matilha Cultural, a exposição está atualmente em cartaz na Patricia Costa Galeria de Arte, em Copacabana, Rio, seguindo até o próximo dia 18.

“Foi importante para mim. Resolvi participar porque, desde que a galeria Oeste fechou, estava sem representação. Já no ‘Aluga-Se’, era importante a experimentação, o fato de a pintura que fiz não ser um processo fechado [pois algumas partes dela já descolaram]”, conta a artista paulistana, que já expôs em outros Estados e no exterior (Portugal e Bolívia).

“Em Obras” foi outra coletiva alternativa, reunindo 30 artistas que fizeram desenhos de duração temporária em um ponto movimentado de São Paulo, a passagem Consolação. O caráter da ocupação era preencher e, depois, apagar as obras criadas em uma das paredes do espaço.

“Os artistas se reuniram por convites informais, um chamava o outro. Não houve seleção. O interessante é que nenhum dos 30 artistas conhecia todos os outros, nem os seus trabalhos", diz Juliana Kase, uma das artistas envolvidas.

Os artistas participantes também eram diversos, desde aqueles representados por galerias -- Alice Shintani, Laerte Ramos e Marcia de Moraes, entre outros -- a jovens nomes, como Flávio Cerqueira, Henrique de França e Jerôme Florent.

Marcia de Moraes, hoje na galeria Leme, defende o risco e a experimentação em iniciativas do tipo. “Aceitei participar porque ocorreu em um lugar não usual, num projeto experimental que unia 30 artistas diferentes. Além disso, fazia com que eu fugisse do papel e se arriscasse numa parede, uma coisa nova para mim [a maior parte de sua produção é de desenhos sobre papel]”, avalia ela. “Não havia curador, galerista, instituição ou produtor por trás. Foram apenas artistas que se organizaram para realizar um projeto único. Isso é muito importante politicamente, pois coloca mais força nas mãos dos artistas.”

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"ALUGA-SE"
Quando: de terça a domingo, das 12h às 20h; até 12/6
Onde: av. São Gualter, 1941, São Paulo
Quanto: entrada franca

"1º SALÃO DOS ARTISTAS SEM GALERIA"
Quando: de segunda a sexta, das 10h às 20h, e sábado, das 12h às 19h; até 18/6
Onde: Patricia Costa Galeria de Arte (av. Atlântica, 4240, loja 226, shopping Cassino Atlântico, Rio, tel. 0/xx/21/2227-6929)
Quanto: entrada franca

Arte e música na modernidade - transformações do olhar e da escuta

(Rio de Janeiro)

O crítico e professor de história da arte Paulo Sérgio Duarte, amador em música, apresenta transformações do olhar e da escuta que, com a crise da representação na arte e do sistema tonal, abriram o continente moderno, no campo estético, para novas experiências sensoriais e cognitivas. O período abrange momentos singulares do século XIX até as primeiras décadas do século XX.

10 e 24 de junho; 1 e 8 de julho, quintas-feiras, 19h30-21h30

Valor: R$ 320,00
50% na inscrição + 50% em cheque pré-datado para até 30 dias

Inscrições pelo site www.polodepensamento.com.br

ou no endereço:
Rua Conde Afonso Celso 103, Jd. Botânico, Rio de Janeiro - RJ
21 2286-3299/2286-3682

Paulo Sérgio Duarte é crítico, professor de História da Arte e pesquisador do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Candido Mendes. Dirigiu o Instituto Nacional de Artes Plásticas da Funarte (1981-83), o Paço Imperial (1986-1990). Foi curador, entre outros, da 5ª Bienal do Mercosul (2005) e do projeto “Rumos Artes Visuais” do Itaú Cultural (2008-9). Publicou, entre outros, Arte brasileira contemporânea – um prelúdio (2008), A trilha da trama (2004), Waltercio Caldas (2001) e Anos 60 – Transformações da arte no Brasil (1998).

Programa:

10 de junho
Onde nós estamos; como vemos e como escutamos; resumo da situação do olhar e da escuta no início do século 21: show business e downloads. Um grande recuo: a partir da experiência de um leigo em música, um exercício sensorial sobre as diferenças entre músicas que, de um sistema tonal plenamente estruturado, começam a se pulverizar e esgotar suas fronteiras.

24 de junho
Noções sobre o conceito de crise. A crise da representação na arte. De Courbet a Manet: os limites de um sistema e sua formidável resistência. As origens técnicas e teóricas do sistema de representação na arte no Ocidente. Seu esgotamento na civilização europeia industrial da segunda metade do século XIX.

1 de julho
A crise do sistema tonal. A colagem musical em Mahler e o primeiro Stravinsky. A plena exploração dos limites tonais em Schoenberg e as experiências radicais de atonalismo. A noção de agradável e desagradável em arte e música. A questão do tempo na apreensão da forma visual e na forma musical.

08 de julho
A dissolução do sistema de representação a partir da perspectiva predominantemente sensorial. Monet, Seurat e Cézanne: três direções, três vetores, três estruturas de pensamento. Matisse e a verdade planar. A revolução cubista: Braque e Picasso. Construtivismo e expansão da experiência visual. A utopia de um esperanto visual.

[ Revista eletrônica "Panorama Crítico" recebe textos para próxima edição ]

(internet)

A revista eletrônica Panorama Crítico recebe textos, artigos e/ou entrevistas referentes ao campo da produção contemporânea em Artes Visuais até 10/06/10.

Os textos selecionados integrarão a próxima publicação, de nº 06, a ser lançada no final de junho. "Panorama Crítico" é uma revista eletrônica bimestral de acesso gratuito e de abrangência nacional, voltada para a crítica e a produção textual, acadêmicas ou não, dentro do campo das Artes Visuais.

Mais informações >>> www.panoramacritico.com

[ Diálogos Estéticos – 10 encontros sobre arte contemporânea ]

(São Paulo)

José Bento Ferreira, Marco Giannotti
Arte e filosofia I

10 de junho, quinta-feira, 19h30-21h30

Paço das Artes
Av. da Universidade nº 01, Cidade Universitária, São Paulo - SP
11-3814-4832 ou pacodasartes@pacodasartes.sp.gov.br
www.pacodasartes.org.br
Terça a sexta, 11h30-19h; sábado, domingo e feriado, 12h30-17h30

No mês de junho, a relação da arte com a filosofia ganha espaço nos Diálogos Estéticos promovido pelo Paço Educativo

Diálogos Estéticos é uma série de 10 encontros que procuram ampliar a compreensão de valores da produção contemporânea em alguns de seus diferentes aspectos, mostrando as intersecções com outras áreas do saber. Críticos de arte, professores, educadores e artistas dividirão a mesa para expor seus pontos de vista e discutir a questão da difusão e da recepção da arte contemporânea. Organizado pelo Paço Educativo, o projeto busca viabilizar um ambiente participativo capaz de estimular diferentes reflexões sobre as etapas do fazer, do aprender e do pensar a arte nos nossos dias.

José Bento Ferreira comentará um breve trecho do livro da professora Martha C. Nussbaum, Fragilidade da Bondade, sobre uma passagem de um diálogo platônico que “rejeita toda pintura e escultura representativas” e “defende a beleza das formas puras e simples”.

A partir de Museu Imaginário, de Andre Malraux, Marco Giannotti irá discutir as novas tecnologias, que, por um lado, permitem um acesso democrático e imediato à informação mas, por outro, acabam por retirá-las do seu contexto histórico. Ao resgatar concepções não lineares da História, pretende-se discutir em que medida elas lançam novas balizas para pensar a obra de arte na atualidade.

José Bento Ferreira é professor de filosofia e crítico de arte.
Marco Giannotti é artista plástico e professor do curso de artes visuais da ECA-USP.


Gratuito

Inscrição por telefone (11) 3814-4832 / ramal 4 ou mediante envio de e-mail para educativo@pacodasartes.org.br.

Seleção por ordem de inscrição.
30 vagas

[ 30º Salão Nacional de arte de Belo Horizonte Bolsa Pampulha - Inscrições Abertas ]

(nacional)

Inscrições de 27 de abril a 10 de junho de 2010

10 artistas receberão uma bolsa em dinheiro no valor total de R$14.300,00, em 11 parcelas iguais e consecutivas no valor de R$1.300,00 , para auxiliar na sua manutenção, e no desenvolvimento de suas atividades durante o prazo de residência obrigatória em Belo Horizonte, de agosto de 2010 a junho de 2011.

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A composição da Comissão de Seleção para este biênio 2010/2011 contará com a participação de profissionais convidados, com notória especialização na área de Artes Visuais, além da curadoria do MAP. A comissão realizará a avaliação dos portfólios inscritos e a seleção dos bolsistas, conforme os critérios de qualidade, contemporaneidade, relevância estética e conceitual e originalidade, estabelecidos no edital. Durante a fase de formação, os artistas selecionados deverão residir em Belo Horizonte participando da vida cultural local, além de estabelecerem um intercâmbio com vistas a dinamizar as atividades artísticas da cidade.

Neste 30º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte - 4ª edição da Bolsa Pampulha, será oferecido aos artistas um estúdio/ateliê como um espaço coletivo de trabalho. Este espaço atende a uma demanda dos participantes das edições anteriores, e tem como objetivo proporcionar maior troca de experiências. Assim, as visitas da comissão de acompanhamento acontecerão no ateliê, ampliando as possibilidades de orientação e desenvolvimento de todo o processo de pesquisa e criação.

O processo formativo inclui a realização de encontros individuais entre os bolsistas e uma Comissão de Acompanhamento, formada pelo curador do Museu de Arte da Pampulha e convidados com ampla atuação no campo das artes visuais, com o objetivo de oferecer orientações dirigidas, além de refletir e promover o debate sobre a produção a ser desenvolvida. Cada membro participante dessa Comissão terá, a partir de agendamento prévio, dois encontros com os bolsistas. Além de membros da comissão de acompanhamento dois outros convidados realizarão encontros coletivos com os artistas bolsistas.

Para o 30º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte - 4ª edição da Bolsa Pampulha, está mantido o mesmo eixo conceitual das edições anteriores, porém novos procedimentos expositivos e estruturais serão adotados. As exposições individuais acontecerão no 11º mês da Bolsa com aberturas concomitantes, utilizando todos os espaços do MAP (Salão Nobre, Mezanino, Sala da Memória, Auditório e espaços alternativos, como os jardins), com a possibilidade de expansão até o Espaço Cultural Casa do Baile, equipamento integrante da Fundação Municipal de Cultura e do complexo arquitetônico e cultural da Pampulha.

Bolsa Pampulha
Desde a sua inauguração, em 1957, o Museu de Arte da Pampulha é responsável pela realização do Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte. O Salão criado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte com o objetivo de estimular a produção e a divulgação de novos artistas, consolidou-se, após diversas edições, como um evento de destaque no cenário das artes plásticas da cidade e do país.

A proposta curatorial implantada no Museu de Arte da Pampulha desde 2002 estabeleceu um conceito inovador ao Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte. Seu propósito era atender às necessidades e expectativas da comunidade artística local e nacional, favorecendo a produção de artistas em início de carreira. Com o 27o Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte implantou-se o Bolsa Pampulha, um novo formato para o projeto, inaugurando um processo de residência e o auxílio financeiro para os artistas selecionados.

O projeto constituiu em novo paradigma no cenário das iniciativas institucionais no que tange ao estímulo da produção emergente. O novo formato provocou a revisão de diversas iniciativas com o mesmo caráter, como o Salão Paulista, organizado pelo governo do Estado de São Paulo, além do surgimento de outras ações similares como o "Prêmio Marcantônio Vilaça", cujo teor do edital se baseia no modelo da Bolsa Pampulha.

Segundo o curador do MAP, Marconi Drummond Lage “as principais virtudes do projeto são o maior estreitamento entre o pensamento institucional e a produção contemporânea e uma dinamização do circuito artístico belo-horizontino.” O Bolsa Pampulha promoveu também um comprovado incentivo à produção das artes visuais contemporâneas e deu visibilidade a jovens artistas por parte de curadores e críticos em âmbito nacional e internacional.


Ficha de Inscrição: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/files.do?evento=download&urlArqPlc=Ficha_de_inscricao_30_Bolsa.doc

Edital: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/files.do?evento=download&urlArqPlc=Edital_bolsa_pampulha_2010.pdf

[ Ciclo de Palestras - O Grupo Rex com Ferdinando Martins no MAC USP, São Paulo ]

(São Paulo)

Um olhar sobre a Arte Moderna e Contemporânea Novas Pesquisas / Novas Leituras
O ciclo propõe uma análise do Grupo Rex, referência da vanguarda paulista na década de 1960, centrado na produção de Geraldo de Barros, Nelson Leirner e Wesley Duke Lee, abrangendo obras, happenings e outras manifestações da Rex Gallery and Sons, bem como de seu jornal, o Rex Time. Além disso, debate os pontos de contato do Grupo Rex com o Fluxus, focando em especial dois episódios: o baile de inauguração da galeria e sua última atividade coletiva, a exposição Não Exposição.

Com: Ferdinando Martins

10, 17, 24 de junho; 1º de julho de 2010 – quintas-feiras, das 14-17h

Inscrições até 10 de junho

Valor: R$ 50,00

Secretaria Acadêmica do MAC USP
Rua da Reitoria 109A, Cidade Universitária, São Paulo - SP
11-3091-3559 ou ceema@usp.br
(isenção da taxa de inscrição para professores da rede pública)
trazer cópia de documentos - RG e CPF

Informações

O ciclo propõe uma análise do Grupo Rex, referência da vanguarda paulista na década de 1960, centrado na produção de Geraldo de Barros, Nelson Leirner e Wesley Duke Lee, abrangendo obras, happenings e outras manifestações da Rex Gallery and Sons, bem como de seu jornal, o Rex Time. Além disso, debate os pontos de contato do Grupo Rex com o Fluxus, focando em especial dois episódios: o baile de inauguração da galeria e sua última atividade coletiva, a exposição Não Exposição.

Em um âmbito mais abrangente, discute a relação entre arte e sociedade e as questões estéticas presentes no trabalho do Grupo Rex. A conjuntura social e política do período inicial da ditadura militar brasileira (1964-1968) é de importante relevância tanto para entender o contexto da década de 1960 quanto para a interpretação de algumas das obras do Grupo Rex.

Programa

10 de junho
Arte e sociedade na cidade de São Paulo na década de 1960

17 de junho
A emergência do Grupo Rex: artes plásticas, happenings e festas

24 de junho
O Rex Time e a exposição Não Exposição

1º de julho
Legado e desdobramentos

[ Convivências #2 ]

(São Paulo)



lançamento da publicação "Convivências #2"
7 de junho, segunda-feira, 18-22h

Após dois meses de trabalho intenso, a Casa Tomada convida o público a participar da Casa Aberta: término das atividades do Ateliê Aberto #2, programa temporal de intercâmbio e convivência para jovens artistas e pesquisadores.

Durante estas 2 semanas finais, os artistas trabalharão em seus ateliês finalizando seus projetos e experimentando um modelo de “exposição viva”, onde o espaço expositivo é alterado ao longo do tempo e os trabalhos são apresentados como parte de seus processos.
A Casa apresentará ainda vestígios desta segunda edição, com cadernos de artistas, imagens e áudios gravados durante os meses, além do lançamento da publicação Convivências #2, realizada pelas pesquisadoras participantes do projeto.

Casa Tomada
Rua Brás Cubas 335 - Aclimação
www.casatomada.com.br
Segunda a sexta, 14-20h; sábado e domingo, 11-18h

[ Formatos ]

(Rio de Janeiro)



Analu Cunha, Augusto Herkenhoff, Claudio Montagna, Danielle Carcav, Helena Pessoa, Jimson Vilela, Letícia Tandeta, Marcos Vasconcellos, Maria Rosa Nascimento Silva, Maria Helena Bastos, Mirella Farias, Ni da Costa, Patrícia Norman, Patrizia D’Angello, Rita Manhães, Rosane Franco, Ursula Tautz, Virgínia Paiva

local: Cranio
abertura: 6 de maio - 19h
até 6 de junho
Rua Pacheco Leão, 94 Jardim Botânico

[ Lugar do quase hoje ]

(São Paulo)



Na individual de Monica Rubinho são apresentadas 12 obras. São desenhos, fotos, objetos e instalações em que a artista apresenta sua história, seus sonhos, amores e pensamentos através de materiais como lenços, gravetos aplicados a gravuras e recortes fotográficos, conferindo a cada um deles a idéia de parentesco íntimo e coletivo. “É possível localizar em minhas obras momentos de deslocamento do tempo pela memória, permitindo uma diversificada possibilidade de leituras em que proponho experiências de cumplicidade e incômodo”, revela.



Segundo a crítica Angélica de Moraes, que assina texto de apresentação da mostra, “a série atual de trabalhos extrai beleza da inexorável percepção da ausência irradiada desde o ‘lugar do quase hoje’. Ou seja, um lugar fora do tempo e das contingências terrenas. Algo imaterial, em eterna suspensão, que podemos evocar, mas não mais habitar ou conviver. São tecidos imanentes da ausência, feito sudários”.
O conjunto da obras reunidas na mostra refere-se a uma particularíssima percepção simbólica e afetiva dos objetos e de seus materiais. Assim, segundo Rubinho, “as árvores surgem como personagens fortes que, caladas e solitárias, carregam um dicionário de momentos através de seus corpos em diálogo poético com o entorno”. Da mesma forma, a casa de madeira tem significados múltiplos para a artista, que, filha de um marceneiro, ora a representa como extensão das árvores, ora como o espaço de proteção e intimidade.



Para Angélica, “Mônica traz desdobramentos de um repertório denso, desenvolvido ao longo de uma sólida trajetória de quase duas décadas em que vem ressignificando coisas do cotidiano e as transformando em objetos-poema ou instalações-poema. Desta vez, ela trata daquelas coisas que assomam à água escura do esquecimento e fazem doer o nervo exposto das horas póstumas”.



Para a artista, o limite entre o real e o devaneio está presente em sua obra como metáfora para situações ambíguas, uma espécie de gatilho para a realização de anseios polarizados entre o coletivo e o particular. Comuns como a necessidade contar sua própria história, de não ser enganado, poder sonhar, desejar e ter identidade; ou como o desejo de aconchegar-se, possuir um lugar com paredes, janelas e portas para morar, e outras pessoas para compartilhá-lo.

Serviço
abertura: 11 de maio de 2010, terça-feira, a partir das 20 horas
período: de 12 de maio a 03 de julho

Galeria Virgilio
Rua Virgílio de Carvalho Pinto, 426
Pinheiros, São Paulo - SP
(55 11) 3062 9446 / 3061 2999
de segunda a sexta, das 10 às 19h; e sábados, das 10 às 17h

[ texto: Sussuro da imagem ]

por Paula Alzugaray
Istoé, edição: 2112 30/04/2010
http://www.istoe.com.br/reportagens/68952_SUSSURO+DA+IMAGEM


Videoinstalação sugere a reconstrução metafórica de uma antiga
árvore dentro do espaço expositivo



Veterana da videoarte, Sonia Andrade incorpora indagações da poesia metafísica em nova videoinstalação

Uma frase (des)orienta o visitante da exposição de Sonia Andrade. Impressa na parede da entrada da instalação, “Get With Child a Mandrake Root,” é o título da exposição e corresponde a um verso do poema “Song”, do poeta inglês John Donne (1572-1631). “Donne sempre pede ao leitor coisas impossíveis”, diz a artista. “Como emprenhar uma raiz de mandrágora?” Esta é a quinta exposição em que Sonia se refere aos versos do poema de Donne. Se a linguagem poética desse autor se presta mais a criar enigmas do que a elucidá-los, a videoinstalação de Sonia funciona também como escavação aos sentidos ocultos de plantas mágicas e de poemas antigos.

A raiz da mandrágora, como explica a crítica Marisa Flórido Cesar no texto de apresentação da exposição, é cultuada e temida em várias culturas pelos poderes alquímicos, afrodisíacos, narcóticos e analgésicos que lhe são atribuídos. Segundo uma lenda medieval, o momento de sua colheita era cercado por lamento tão terrível que poderia matar. Seguindo o viés metafórico e metafísico de Donne, Sonia representa a mitologia da mandrágora com a gravação em vídeo das raízes de uma antiga árvore chorona do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que se projetam para fora da terra. A árvore, que no parque se agiganta em direção ao céu, é apenas adivinhada no espaço da exposição. Nas paredes, 25 telas de vídeo dispostas em linha irregular desenham um mapa das raízes, como se também escrevessem um texto. A pequena dimensão das telas dá a esse texto videográfico a qualidade de um segredo. Em cada tela, surgem pequenos acontecimentos – uma formiga que passa, uma brisa leve sobre a folhagem da grama – que nos fazem apenas intuir o crescimento invisível das raízes. Em vez de berrar como a mandrágora, as imagens de Sonia sussurram a sutileza de seu movimento.

A exposição comporta-se como uma reconstrução poética do espaço do Jardim Botânico, que é também representado em dois travellings de um de seus muros. Um deles corresponde ao primeiro vídeo da artista, gravado em 1974 com uma câmera Portapak, primeiro equipamento de vídeo portátil já lançado. Um exemplar foi trazido para o Rio por Jom Tob Azulay, que colocou a câmera à disposição de artistas cariocas, fomentando assim as experiências pioneiras com videoarte no Brasil. A tela em frente exibe o mesmo muro, gravado em 2010, com uma câmera DVC PRO-HD de última geração. Os dois muros conduzem o visitante à imagem final da exposição: uma flor de lótus, posicionada como em um altar. Com essa imagem, Sonia parece responder ao enigma de Donne: o verso sugere, afinal, que a magia floresça e espalhe seus frutos.

[ Lugar do quase hoje - catálogo ]


Abrir o catálogo em uma página independente

[ texto: O construtor de ruínas ]

por Paula Alzugaray
revista Istoé
Edição: 2113
07/05/2010
http://www.istoe.com.br/reportagens/70708_O+CONSTRUTOR+DE+RUINAS



Transverso - Caetano Dias/ Galeria Paulo Garzé, Salvador/ até 20/5

“Eu queria construir uma ruína. Embora eu saiba que a ruína é uma desconstrução.” A frase de Manoel de Barros, apropriada por Rosângela Rennó e utilizada em sua instalação “Matéria de Poesia”, que esteve em cartaz até o dia 8 na Galeria Vermelho, em São Paulo, poderia ser transportada para o contexto da individual de Caetano Dias, em Salvador. Uma ruína não se constrói, mas em “Transverso” o artista baiano interpreta a ruína social produzida pelo alagamento da cidade baiana de Remanso para a construção da Represa de Sobradinho, em 1978. Da cidade, restaram as lembranças de antigos moradores, recolhidas no videodocumentário “1978 – Cidade Submersa”. Sobrou também a visão de uma caixa-d’água, flutuando como um farol, marcando a presença de um passado apagado pelo nível de água. O objeto foi documentado na série fotográfica “Água Invertida” e reinterpretado em uma escultura, fabricada em resina e cimento, intitulada “Edifício 510” (foto). Índice solitário da história de Sobradinho, o edifício alagado tem presença central na exposição.

A água e as marés, suas enchentes e vazantes, são os temas aqui tratados. Para o crítico Josué Mattos, “Caetano Dias conjugou a existência de tempos paralelos”, aproximando os acontecimentos de 1978 das tragédias que anualmente matam e desabrigam famílias durante a época das chuvas. Na galeria, o edifício está cercado de vídeos e imagens fotográficas que contribuem para essa narrativa da enchente. As fotos da série “Construção” mostram ruínas de edifícios destruídos por infiltrações, e na videoinstalação “Submerso” um corpo mergulhado em água é projetado sobre um piso de cerâmica, que poderia muito bem pertencer ao “Edifício 510”.

[ Ciclo de Palestras - 29a Bienal de SP ]

(São Paulo)

Conversa com os curadores da Bienal, gratuita e aberta ao público.

2 de junho de 2010 , quarta | 20h - 22h
Teatro Arena
Dr. Teodoro Baíma, 94 - SP

Com:
Moacir dos Anjos (curador chefe)
Agnaldo Farias (curador chefe)
Chus Martínez (curadora convidada)
Fernando Alvim (curador convidado)
Rina Carvajal (curadora convidada)
Sarat Maharaj (curador convidado)
Yuko Hasegawa (curadora convidada)

Todas as atividades realizadas serão mediadas pelo Helmut Batista e pelo Jorge Menna Barreto.

Toda a programação do ciclo de palestras acontecerá no Teatro Arena, em São Paulo, e a entrada é gratuita e livre, não sendo necessária inscrição. É só comparecer ao local na hora do evento (20h).