[ Aquilo que nos une ]

(Rio de Janeiro)
abertura: 16/03/2016 - 16h
até: 19/06/2016

Rosana Palazyan

Exposição Aquilo que nos une traz obras de 26 artistas que utilizam linha, agulha, bordado e afeto na expressão de sua poética

A mostra Aquilo que nos une trata da delicadeza, da sensibilidade da alma, das questões que estão à flor da pele. O que une é mais do que uma linha, é criação de sentidos. É mais do que costura, é processo.  O linho e o algodão, a fotografia, o video, a chapa de metal, a madeira, o plástico, o gesso e o cristal conferem firmeza à narrativa, amarram questões e histórias que são de todos, mas que cada artista desenvolve na sua linguagem única.

Leonilson

Trabalhos históricos de Bispo do Rosário, Leonilson, Tunga, Waltercio Caldas e Anna Bella Geiger, artistas que marcaram um período da produção nacional juntam-se à recente e vibrante produção contemporânea de Adriana Varejão, Rosana Palazyan, Ana Miguel, entre outros.

Rodrigo Mogiz

“O que todos esses artistas fazem é produção de imagem, de signos e de linguagem. Esta exposição reflete uma linha de pesquisa estética contemporânea – a junção da arte e da manufatura. São fios que conduzem histórias e narrativas visuais, bordados que constituem estratégias, jogos de dilemas e tragédias, de almas e de fissuras.  Os artistas convertem o desenho em bordado e a costura em fio condutor de ideias. Agulha e linha são os elementos deflagradores de imagens conferindo espessura de sentido ao imaginário”, comenta a curadora Isabel Portella.


Exposição Aquilo que nos une
Adriana Varejão, Adrianna Eu, Anna Bella Geiger, Ana Linnemann, Bispo do Rosário, Ana Miguel, Carolina Ponte, Caroline Valansi, Clarisse Tarran, Claudia Hersz, Elisa Castro, Emmanuel Nassar, Jozias Benedicto, Leonilson, Letícia Parente, Marcos Chaves, Nazareno, Nazareth Pacheco, Renato Bezerra de Mello, Rodrigo Mogiz, Rosana Palazyan, Sonia Gomes, Tunga, Ursula Tautz, Vera Bernardes e Waltercio Caldas.
Curadoria: Isabel Portella.
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre
CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 1
Av. Almirante Barroso, 25, Centro (metrô: Estação Carioca)
Abertura: Sábado, dia 16 de março, às 16h
Visitação: 16 de abril a 19 de junho de 2016
terça-feira a domingo, de 10 às 21h.

[ Visão 7.0 / Vida de artista - Fernando Zago ]

(Porto Alegre)
abertura: 03/05/2016
até: 03/06/2016



Alma Atenta

A ideia que vagava em minha cabeça era o livro do fotógrafo americano David Douglas Duncan - hoje com cem anos completados em janeiro - “O atelier silencioso”, no qual ele registra a casa de um pintor do qual era amigo íntimo, Picasso. Adaptando a mesma intensão para nossa situação, era isso: registrar o que poderíamos entender, localizar, filtrar por imagens o que é ou deveria ser uma vida de artista. Então, seria curtir e flagrar o que existisse no entorno de cada artista visitado.

Criamos um roteiro e dentro dessas limitações nos comportamos. Centenas de fotos, incontáveis visitas, descobertas e longas conversas (muitas vezes, confissões) enquanto realizávamos aquela devassa consentida. Nada escapava ao olhar de Fernando Zago que, com “alma atenta” - no dizer de Fernando Pessoa -, mergulhava nesses universos particulares.

São espaços vazios, sem a presença física dos visitados, porém essa ausência/presença de cada um é sentida nesses espaços de criação. Onde pressentíamos o que estivesse ...vazio, era esse “vazio” que nos surpreendia, pulsava a nossos olhos, matéria viva, parte integrante das obras ali realizadas/criadas. Espaços de vida, espaços de múltiplas vivências, espaços de magia, espaços do infinito gesto criador, espaços de mistérios...espaços.

Mas eu disponho de um precedente, uma “aventura” desenvolvida com o fotógrafo Martin Streibel - nos anos 80 - para uma exposição chamada ”Lixo de atelier”. Era outro momento mas de espírito semelhante ao de agora. Tenho o Martin Streibel na conta de um mestre em preto e branco e assim realizamos aquele trabalho. E agora, Ferrnando Zago derrama-se em cores, um contraponto de olhares, duas almas atentas.

Este trabalho aponta para o encerramento de um tríptico iniciado com “Visão 6.0”, seguido de “Visão.6.5” ocasiões nas quais encerrava ciclos existenciais nos quais exibi, em diversas modalidades técnicas, obras de artistas convidados; não é diferente agora, a intenção é a mesma, segue o mesmo espírito, uma tentativa de dessacralizar a aura do artista procurando mostrar o que há por trás da pessoa...por isso o título banal, óbvio, como se fosse um mero samba-canção trazendo dores escondidas, sombras e cicatrizes da alma, alegrias incontidas, porque não? Escolheu-se simbolicamente alguns para homenagear todos.

Renato Rosa
Abril de 2016.

[ ARENA ​CASA FRANÇA­BRASIL ]

(Rio de Janeiro)
de 31 de maio 
a 02 de junho de 2016

ARENA ​CASA FRANÇA­BRASIL ações culturais em tempos de crise


Arena ​(do latim (h)arena, "areia") era originalmente o lugar de grandes disputas esportivas no Império Romano. Estes espaços, com o passar do tempo, passaram a abrigar espetáculos, exibições, jogos, debates e desafios. No Brasil, a partir da década de 1950, o Teatro de Arena motivou uma dramaturgia de cunho político e social, promovendo discussões sobre a realidade nacional. Considerando o peso histórico desse termo, a ​ARENA CASA FRANÇA­BRASIL se propõe a ser um espaço constante de debates públicos. Propomos, portanto, situações para discutir questões urgentes ligadas à arte, à cultura e à produção de saberes.

Os tempos de crise que evocamos aqui vão muito além da alarmada crise econômica, com frequência enfatizada no atual contexto de instabilidade política. Trata­-se também de uma crise das instituições, de seus modelos de organização e da eficácia de sua representação – estruturas que influenciam e condicionam diretamente o ​poder de ação ​de iniciativas culturais. Esta crise institucional, mais ampla que o campo das artes, nos coloca a necessidade de rever certos modelos de ação. Como muitos desafios são comuns a diversas instituições e agentes culturais, o projeto ​ARENA CASA FRANÇA­BRASIL – ações culturais em tempos de crise, busca convocar uma discussão pública que permita a troca de experiências e a construção de redes de envolvimento e colaboração. Com formato de seminário, este primeiro evento acontecerá entre os dias ​31 de maio e 02 de junho​.

Observamos a situação de fragilidade de diversas instituições culturais no Rio de Janeiro, na qual modelos de gestão coexistem e revelam­-se como alternativas possíveis­: administração pública, financiamento privado, mecenato, organizações sociais, autogestão. O que parece ser comum a todos, porém, é a posição vulnerável de diversos programas de cultura, cuja continuidade se torna refém de apoios que garantam sua manutenção.

As atividades culturais no Brasil, em contrapartida, provem de uma prática empírica de capacitação, hoje congregando um corpo de profissionais qualificados com ampla experiência, cujo conhecimento evoca soluções originais à mobilização cultural da cidade.

Nosso objetivo é trocar experiências e dar espaço à discussão sobre a pluralidade de situações possíveis. Buscamos incentivar e colaborar na criação de uma rede que fortaleça as relações entre as instituições e iniciativas autônomas da cidade. Vemos, nestes laços, a oportunidade de deflagrar parcerias. É um momento de reconhecermos no presente a importância de uma distribuição mais homogênea do investimento de capital no campo da cultura. Mais do que promover uma discussão sobre os fazeres da arte, este fórum pretende investigar sua economia em sentido amplo: políticas de circulação, promoção, manutenção, mobilização, institucionalização e reflexão crítica.

PROGRAMAÇÃO

31 DE MAIO
[3ª feira]

11:00 I Abertura
Eva Dóris Rosental (Secretária de Estado de Cultura do Rio de Janeiro)
Marcelo Campos (Diretor da Casa França-Brasil)

14:00 I Circuitos
Claudia Saldanha (Paço Imperial)
Fernando Cocchiarale (MAM-Rio)
Paulo Knauss (Museu Histórico Nacional)
Luiz Alberto Oliveira (Museu do Amanhã)

01 DE JUNHO
[4ª feira]

10:00 I Modelos de gestão
Carlos Gradim (MAR - Museu de Arte do Rio)
Izabela Pucu (Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica)
Sabrina Kawakami (CCBB)
Consuelo Bassanesi (Despina / Largo das Artes)

14:00 I Táticas de produção
Luiza Mello (Automática)
Mauro Saraiva (Tizara)
Jocelino Pessoa (Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea)

16:30 I Espaços autônomos
casamata
És uma maluca
Olho da Rua
A Mesa

02 DE JUNHO
[5ª feira]

10:00 I Memórias e reconhecimento
Ricardo Resende (Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea)
Antônio Carlos Pinto Vieira (Museu da Maré)
Lucas van de Beuque (Museu Casa do Pontal)
José Carlos Levinho (Museu do Índio)

14:00 I Ações educativas
Melina Almada (Museu do Amanhã)
Denise Grinspum (Instituto Moreira Salles)
Bia Jabor (Casa Daros)

16:30 I Escolas livres
Luiz Ernesto Moraes (Escola de Artes Visuais do Parque Lage)
Janaina Melo (Escola do Olhar / MAR)
Irene Ferraz (Escola de Cinema Darcy Ribeiro)
Renata Oliveira de Freitas (Universidade das Quebradas)

[ A Azulejaria Portuguesa na Arte Contemporânea: quatro exemplos ]

(Lisboa)
dia 2/6/2016
14h30


A Azulejaria Portuguesa na Arte Contemporânea: quatro exemplos

palestra da curadora e crítica de arte Luísa Santos (Universidade Católica), que cobrirá a produção artística de Bela Silva (Portugal), Dalila Gonçalves (Portugal), Fábio Carvalho (Brasil) e Rodrigo Vila (Portugal) em torno da azulejaria portuguesa.

Dalila Gonçalves

Fábio Carvalho

Rodrigo Vila

A Palestra faz parte do colóquio "Metamorfoses da azulejaria: Portugal/Brasil – releituras, revisões, recriações", iniciativa que parte de um projecto de Pós-doutoramento da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Neste colóquio pretende-se refletir sobre a Azulejaria Portuguesa e Brasileira contemporâneas e sobre as suas articulações com o Design, a Arquitetura e a Arte. O objetivo é analisar e discutir os fenômenos da criação e recepção, as continuidades, as rupturas e as novas apostas relativamente à metamorfose das linguagens históricas da azulejaria na produção contemporânea. Para alcançar estes objetivos e ouvir novas vozes estendeu-se o convite a personalidades de fora da historiografia tradicional desta área.

GRANDE AUDITÓRIO FBAUL
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes
Lisboa, Portugal