(São Paulo)
Dentro das comemorações do aniversário de 60 anos do Museu de Arte Moderna de São Paulo, acontece, nos próximos dias 7 e 8 de novembro, o Colóquio Internacional “História e(m) Movimento: MAM 60 anos”. O evento será dividido em quatro mesas-redondas, compostas por curadores, críticos e professores do Brasil, Espanha, Eslovênia, França e Portugal, e coordenadas pelos membros do Conselho Consultivo do MAM-SP e curadores da exposição MAM 60, Luiz Camillo Osorio e Annateresa Fabris, pela também membro do conselho Lisette Lagnado e pelo curador do museu, Felipe Chaimovich.
As mesas-redondas tratarão das fronteiras entre a arte moderna e a contemporânea, tanto do ponto de vista da história da arte como das práticas museológicas. Como circunscrever o modernismo hoje? Qual a relação entre os museus de arte moderna e a produção atual? Como avaliar a explosão de novos edifícios para abrigar museus de arte contemporânea?
A inscrição para o evento é gratuita, e os participantes receberão um certificado de participação ao fim da programação. O Colóquio integra a programação especial de aniversário do museu, que contempla quatro exposições simultâneas, divididas entre os prédios do MAM e da Oca, e dialoga com a maior das mostras, “MAM 60”, em cartaz na Oca desde 17 de outubro.
Programação
Dia 07/11, às 10h30
Mesa 1: “É tudo contemporâneo?”
Mediação e coordenação: Lisette Lagnado (Conselho Consultivo do MAM-SP, Fac. Santa Marcelina)
Palestrantes: Cristina Freire (MAC/USP)
Zdenca Badovinac (diretora Moderna Galerija de Ljubliana, Eslovênia)
Tema:
Um, na América do Sul, outro na Europa do Leste: o Museu de Arte Moderna de São Paulo e a Moderna Galerija de Ljubliana estão comemorando 60 anos de existência. Como a Eslovênia, com seu passado comunista associado às vanguardas européias, compreende a modernidade? Já São Paulo vem assistindo à sobreposição de identidade de seu Museu de Arte Moderna (criado em 1948) e o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (criado em 1963). É tudo contemporâneo? O seminário “História e(m) movimento: dois casos: Moving History: two show-case, tem por objetivo analisar a missão da instituição museológica sob a perspectiva da pesquisa que qualifica seu acervo (memória ativa) e de sua política de aquisições (futuro da história).
Dia 07/11, às 14h30
Mesa 2: “Declinações do moderno: América Latina”
Mediação e coordenação: Annateresa Fabris (Conselho Consultivo do MAM-SP, USP)
Palestrantes: Maria Lucia Kern (PUC, Porto Alegre)
Icleia Cattani (UFRGS, Porto Alegre)
Tema:
Quais são os marcos da “questão moderna” nas artes da América Latina ? Eles devem ser localizados nas primeiras décadas do século XX? Ou não será necessário englobar a segunda metade do séc XIX para não criar uma visão parcial e comprometida apenas com uma leitura de caráter formalista?
A arte moderna que se configura na América Latina pode ser adjetivada de maneira negativa, por não responder de todo ao modelo estabelecido na Europa? Ou deverá ser pensada a partir de suas peculiaridades, a fim de entender a relação tensa que estabelece com os parâmetros de uma (suposta) modernidade universal?
Estas são algumas das questões que servirão de norte a uma discussão sobre os significados que o moderno adquire na América Latina, no âmbito do evento “MAM-60 anos”
Dia 08/11, às 10h30
Mesa 3: “O Moderno hoje: desafios e dilemas”
Mediação e coordenação: Luiz Camillo Osorio (Conselho Consultivo do MAM-SP, PUC, Rio de Janeiro, UNIRIO)
Palestrantes: Delfim Sardo (critico e curador, Un. de Coimbra, Portugal)
Antonio Cicero (crítico e ensaísta, Rio de Janeiro)
Tema :
« Tendo em vista que este seminário acontece junto às comemorações dos 60 anos do Museu de Arte Moderna de São Paulo, parece-me pertinente um esforço interrogativo sobre o(s) sentido(s) de moderno que, bem ou mal, recorta(m) sua coleção e baliza(m) minimamente sua agenda de exposições. Ao longo destes 60 anos de história, esta denominação passou por muitas reviravoltas, assumindo características poéticas e compromissos históricos diversos. A sua coleção acumula várias experiências de moderno e minha pergunta é sobre os horizontes de expectativa que elas ainda podem abrir no presente. Não se trata de mera questão de nomenclatura, mas do que se pode pretender dizer quando se fala ou escreve sobre o moderno e/ou a arte moderna ».
Luiz Camillo Osorio
Dia 08/11, às 14h30
Mesa 4: “Arte contemporânea e Natura: a expansão do território do museu”
Mediação e coordenação: Felipe Chaimovich (Curador do MAM-SP)
Palestrantes: Laurent Le Bon (Curador do Centro Pompidou, Paris, e de Versailles Off, França)
Teresa Luesma (Diretora Centro Arte e Natureza, Huesca, Espanha)
Tema:
A instalação de obras de arte contemporâneas em parques ou paisagens naturais coloca em questão a identificação entre o espaço do museu e o edifício arquitetônico. Ao contrario da recente multiplicação dos novos prédios dos museus, vemos as ações artísticas ao ar livre se fortificar, o que se opõe a noção do patrimônio arquitetônico como condição para a existência de um museu. Quais são as condições para que os museus possam trocar suas praticas institucionais, se desvinculando de sua identificação com um edifício?
SERVIÇO
Colóquio Internacional “História e(m) Movimento: MAM 60 anos”
Dias 7 e 8 de novembro (sexta e sábado) de 2008
MAM - Auditório Lina Bo Bardi (200 lugares)Endereço: av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3
tel (11) 5085-1300
Horários: mesas às 10h30 e às 14h30
INSCRIÇÃO GRATUITA (tel. 5085-1313 e email educativo@mam.org.br)
Site: http://www.mam.org.br/
Estacionamento no local (Zona Azul: R$ 1,80 por 2h)
Nenhum comentário:
Postar um comentário