[ Cotidiano ]

(Rio de Janeiro)







O cotidiano de Adriana Tavares está impresso em sua pintura no que ela tem de mais particular: a intimidade do ambiente. O olhar aguçado da artista passeia pelos cantos da casa, pelas prateleiras, sobre a mesa. Em cores vibrantes, com contornos precisos, os objetos revelam o habitante e sua relação com o mundo.

Esse cotidiano subverte a natureza morta como matéria carregada de sentido. Estão ali o rádio, o ventilador, o celular, o despertador e o bibelô, dispostos com realista casualidade. A arte de Adriana Tavares não se acanha em expor a marca do chiclete, a capa daquele livro, o frasco daquele perfume. E abre as portas para a desarrumação do guarda-roupa com absoluto despojamento.

“Gosto de capturar esses pequenos espaços da rotina humana, e urbana, que refletem costumes, prazeres, manias. Todos são próximos, íntimos, conhecidos. E tenho grande prazer em trabalhar as cores, traduzindo na tela o ambiente da forma como o percebo. A graça que encontro na pintura está nessa viagem policromática. Quando olho uma mesa com um jornal aberto, uma xícara de café pela metade, os óculos de leitura abandonados, sei que alguém está ali. Não é uma natureza morta. É uma cena viva, cheia de referências, vivências” – explica ela.

www.adrianatavares.com.br

abertura: Terça-feira, dia 27 de julho, às 18h30min

Pequena Galeria do Centro Cultural Candido Mendes
Rua da Assembléia, 10 / subsolo – Praça XV.
Tel: 2531-2000 r. 236
artecentro@candidomendes.edu.br
28 de julho a 30 de agosto de 2005
segunda à sexta-feira, das 12h às 19h

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