[ CINE LAGE - O Filme como Ensaio ]

(Rio de Janeiro)

CINE LAGE e apresentação de dança na Escola de Artes Visuais do Parque Lage

No dia 21 de maio, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura, vai mostrar uma programação especial para o público. O Cine Lage, projeto mensal de exibição de filmes e vídeos programados por curadores convidados, que acontece sempre na última sexta-feira do mês, desta vez foi antecipado. Neste dia 21, às 20h, a curadoria do evento fica por conta da crítica de arte e psicanalista Tania Rivera.
O Cine Lage, que está em seu segundo ano, tem como objetivo apresentar filmes experimentais, documentários e produções de videoarte, como um processo de reflexão e integração do público com a Escola. A partir da seleção feita por cada curador, o público pode ser agraciado com filmes de conteúdos relevantes em um lugar privilegiado: as margens da piscina da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

E não pára por aí: além de ser a noite em que o Parque Lage se transforma em cinema com as tradicionais sessões do Cine Lage, vai acontecer também, um trabalho de dança – da artista Flávia Meireles – em vídeo performance, que problematiza os conceitos de migração e circulação, em seu caráter relacional e instável, às 19h, no Salão Nobre.
Trata-se de "Sem nome, todos os usos". Segundo a artista, o título é “uma provocação com usos, palavras e serventias. Interessa-me manejar o significado onde ele permite migração e circulação. Fazer, com isso, perambular os usos comuns, desviar o curso das idéias, fazer interrupções, abrir caminho”.

Conheça a programação do CINE LAGE.

CINE LAGE Apresenta
“O Filme como Ensaio”, curadoria Tania Rivera

Apresentação
“ Vídeos ou filmes podem construir uma reflexão com seus próprios meios. Eles deixam então de apenas contar histórias ou mostrar a realidade para refletir sobre a imagem, o mundo e o sujeito. Sob o modo experimental, ensaístico ou crítico, eles pensam – e nos fazem pensar – sobre aquilo que mostram. Essa seleção, absolutamente pessoal e heterogênea, visa ressaltar em trabalhos diversos essa dimensão que em geral fica escondida sob as categorias tradicionais da ficção, do documentário e da videoarte.”
Tania Rivera

Programação
Trecho de Império dos Sonhos, de David Lynch (2007, 10’35”)
Inteiramente filmado com uma câmara digital amadora, o longa-metragem esboça narrativas fragmentárias e imagens distorcidas. O experimentalismo do diretor se radicaliza de modo insólito e revolucionário para um filme com larga distribuição comercial.

Janela I, de Karina Dias (2009, 5’16”)
Assumindo a câmera como uma janela para o mundo, o vídeo põe em jogo imagens tomadas de um mesmo enquadramento ao longo de quatro meses, num questionamento poético acerca do tempo e do espaço.

Ura Aru, de Gary Hill (1985/86, 28’)
Obra prima de um dos papas da videoarte, este trabalho põe vigorosamente em questão as relações entre imagem e linguagem. Entre eles surge o sujeito, numa localização incerta e efêmera, entre cenas e línguas diversas.

Walter e Bruna, de Analu Cunha (2006, 4’48”)
Walter Benjamin e Bruna Surfistinha são postos a conversar nesse delicado ensaio sobre a intimidade e a relação do sujeito aos objetos e ao outro. Entre a filosofia e o depoimento, a teoria e a vida comum, o vídeo mostra-se híbrido e questionador.

Cildo Meireles, de Wilson Coutinho (1979, 10’36”)
Muito conhecido, este comentário crítico sobre a obra do artista ousa na paródia e na apropriação de imagens de TV, de modo até hoje raro nas produções do gênero, em geral bastante convencionais.

Absurda, de David Lynch (2007, 2’17”)
O curta-metragem produzido para a coletânea Cada um com seu Cinema constrói, numa cena surrealista bem ao gosto de Lynch, uma importante reflexão sobre a relação do espectador com o cinema.

Cinema, de Eder Santos e Stephen Vitiello (2009, 12’)
A manipulação precisa das imagens, aliada a uma trilha sonora muito sofisticada, faz deste trabalho uma lição primorosa sobre como a tecnologia pode ser desviada da técnica para ser posta a serviço da poesia.


Serviço
CINE LAGE
Pátio da piscina, às 20h
Curadoria Tania Rivera
(Professora da UnB, Crítica de arte e psicanalista)

Salão Nobre, às 19h
“Sem nome, todos os usos”
Vídeo Performance – trabalho de dança da artista Flávia Meireles

dia 21/05

Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim Botânico, 414 – Jardim Botânico
Entrada gratuita
Mais informações: 3257-1800
www.eavparquelage.rj.gov.br

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