[ Possibilidades do ateliê contemporâneo ]

(Rio de Janeiro)

O seminário Possibilidades do Ateliê Contemporâneo visa discutir o estatuto assumido pelo ateliê na produção artística atual, de forma a repensar os contornos e as especificidades desse espaço na contemporaneidade. O seminário disponibiliza um ambiente de reflexão e debate, possibilitando que artistas e coletivos, com ampla atuação no campo das artes visuais e grande experiência em gerenciamento de ateliês individuais e coletivos, sejam generosos e compartilhem suas reflexões, bem como processos e pesquisas, e não apenas o resultado final de seus trabalhos.

Dessa forma, o presente seminário favorece o intercâmbio entre artistas de diferentes regiões do país, por meio de três mesas redondas a serem realizadas durante três dias consecutivos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura, na cidade do Rio de Janeiro. As mesas serão compostas por artistas e coletivos que irão relatar suas experiências de uso ou descarte desse espaço e terão como mediadores importantes críticos e curadores, conforme indicado na programação.

Programação

13, 14 e 15 de abril de 2010, Salão Nobre, 19h às 22h


Dia 13/04, terça-feira, 19h às 22h
A função do estúdio: Do galpão à galeria, passando pelo escritório

Aborda as relações entre o local de produção, discussão, agenciamento e fruição artísticas, favorecendo as experiências de uso coletivo de um mesmo espaço. Pensando as estratégias de realização, gerenciamento e exposição de trabalhos de arte, a mesa abordará a utilização estratégica de um mesmo espaço para criação, produção de eventos, festas e leilões, bem como para a armazenagem de trabalhos e recepção de curadores e críticos de arte.

Palestrantes
Lílian Maus (Ateliê Subterrânea, Porto Alegre)
Alê Souto (APIS, Espaço C.A.V.E, Rio de Janeiro)
Victor Arruda (artista, Rio de Janeiro)
Mediação
Fernanda Pequeno (crítica de arte e curadora, doutoranda no PPGAV/EBA/UFRJ).


Dia 14/04, quarta-feira, 19h às 22h
O ateliê é o mundo: do laboratório à cidade, passando pelo avião

Enfoca o ateliê como local de experimentação diária e privada, intervalo ou suspensão, de maneira a confrontá-lo com experiências que prescindem de seu uso, como atuações [individuais e coletivas] diretas no espaço urbano, tais quais residências e intercâmbios, que favorecem a formação de ateliês temporários, sem delimitações físicas instituídas.

Palestrantes
Graziela Kunsch (artista e curadora, São Paulo)
Bárbara Collier (Branco do Olho, Recife)
Malu Fatorelli (artista e professora da linha de pesquisa Processos Artísticos Contemporâneos, PPGArtes/UERJ)
Mediação
Marisa Flórido Cesar (curadora, pesquisadora do tema, doutora pelo PPGAV/EBA/UFRJ)


Dia 15/04, quinta-feira, 19h às 22h
A torre que não é de marfim: da casa à escola, passando pelo computador

As relações entre arte e lugar sugerem indagações a respeito dos contornos (físicos e simbólicos) do ateliê do artista contemporâneo, assim como seu uso como abrigo poético ou para fins didáticos. Será abordada a consolidação do estúdio como a ambiência profícua, onde as relações e os limites entre público e privado e o esquema ideação-execução-apresentação são relativizados.

Palestrantes
Jailton Moreira (Torreão, Porto Alegre)
Cadu (artista, Rio de Janeiro)
Rosana Ricalde (artista, Rio de Janeiro)
Mediação
Guilherme Bueno (crítico de arte e curador, doutor pelo PPGAV/EBA/UFRJ)


Serviço

seminário Possibilidades do ateliê contemporâneo

EAV – Escola de Artes Visuais do Parque Lage
13, 14 e 15 de abril de 2010, Salão Nobre, 19 às 22h
Rua Jardim Botânico, 414 – Jardim Botânico
Rio de Janeiro – RJ
www.eavparquelage.rj.gov.br
Entrada franca
Classificação indicativa: 16 anos