[ O Brasil na Visão de Guignard ]

(São Paulo)

Uma vida de devoção à arte, aos amigos, ao ensino, à contemplação da natureza e à delicadeza na sua transposição. Guignard, um dos maiores artistas plásticos brasileiros, será homenageado pela Pinakotheke São Paulo com a mostra ALBERTO DA VEIGA GUIGNARD (1896-1962). Na abertura para convidados, no dia 18 de outubro, será lançado livro homônimo pela Edições Pinakotheke, com textos da antropóloga Lélia Coelho Frota e de Max Perlingeiro, diretor da instituição, e excertos de textos publicados por diversas personalidades como os artistas Amílcar de Castro e Carlos Scliar, além dos críticos de arte Antônio Bento e Mário de Andrade entre outros.

A exposição, que privilegia as pinturas de Guignard, reúne 60 obras representativas de sua carreira, está dividida em 10 temas: Retratos e auto-retratos; Flores e naturezas-mortas; Surrealismo; História; Lirismo nacionalista; Festas de São João; Pinturas decorativas; Composições religiosas; Rio de Janeiro; Minas Gerais.

Dentre as obras selecionadas, cabe destacar: Auto-retrato com 33 anos, que participou da histórica exposição “Salão de 31”, As gêmeas (Lea e Maura) da coleção do Museu Nacional de Belas Artes, prêmio de viagem ao país no XLVI Salão Nacional de Belas Artes; Família do Fuzileiro Naval, adquirida por Mário de Andrade no 2º Salão de Maio em 1938, hoje parte do acervo no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo; Fantasia, uma paisagem imaginária de formato inusitado (28 x 120 cm) da coleção do Museu de Arte da Pampulha; colagens surrealistas; um Cristo “retirante” dedicado a Candido Portinari e um Cristo “mulato” dedicado a Di Cavalcanti; uma rara paisagem de Itatiaia pintada de memória em Ouro Preto em 1949.

Dentre a coleção de retratos cabe destacar o do pintor Emilio Pettoruti (1894-1971), e a Japonesa (Kioko), somente exposto no Rio de Janeiro em 1959 na exposição individual do artista, quando foi adquirido. Estará presente na mostra, ainda, o histórico quadro Execução de Tiradentes, presente do artista ao então presidente da república Juscelino Kubitschek. Nas obras religiosas destacam-se duas visões líricas da Procissão da Semana Santa diurna e noturna. Das paisagens mineiras estão presentes O Parque Municipal e paisagens reais e imaginárias das cidades de Sabará, Ouro Preto e Lagoa Santa.

Como complementação didática, a Pinakotheke São Paulo vai reproduzir a cabana onde o artista morou em Itatiaia, no antigo Hotel Repouso (hoje Hotel Donati), entre 1940 e 1941, onde retornava sobretudo no período do Natal. Nesta cabana ele pintou as portas, janelas e o interior com motivos florais e frases como “Amar é Viver”. Além disso, uma instalação multimídia estará disponível dentro da exposição com imagens inéditas. Professores podem agendar a visitação escolar pelo telefone 11-3758-5202, onde receberão um suplemento com atividades didáticas de educação infantil a ensino médio.

Exposição Alberto da Veiga Guignard (1896-1962)

De 19 de outubro a 23 de dezembro
Abertura para convidados - 18 de outubro, às 20h30m.
Pinakotheke São Paulo
Rua Ministro Nelson Hungria 200 - Real Parque – Morumbi – Tel.: 11-3758-5202.
Aberta à visitação de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, e aos sábados, das 10h às 16h.
Visitas escolares devem ser agendadas pelo telefone 11-3758-5202, com Tereza.
ENTRADA FRANCA

Livro Alberto da Veiga Guignard (1896-1962)
Edições Pinakotheke
Textos de Lélia Coelho Frota e Max Perlingeiro (excertos de Amílcar de Castro, Antônio Bento, Carlos Scliar, Wilson Coutinho, entre outros).
160 páginas / R$ 80