[ cameralenta: manifesto conceitual ]

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ao se expressar por um manifesto para sua conceituação, cameralenta dá um cambalhota de quase cem anos, até as vanguardas ditas históricas e se atualiza em pleno século XXI, no espírito de seu tempo. não é pós, é meta e trans: metavanguardística e trans-humana: imprecisa, incerta, precária e inútil.

cameraslentas entram, preenchem, fluem, permeiam, escorrem, estão no contra-fluxo dos modismos tecnológicos e, ao mesmo tempo em seu trânsito, ora curso, ora afluente. Linguagem sofisticada, sob o disfarce da ingenuidade e artesania. trabalham com incertezas, imprecisões, lógicas obscuras, assumindo o precário e o inútil como resistência e embate com a ideologia positivista dos meios de comunicação de massa.
cameraslentas ultrapassam o mero formalismo, o fetiche do objeto produto da criação artística, embora assuma-se como prática estética que objetiva questionar os meios de percepção do humano. sua existência só faz sentido na ação operativa, no trânsito, no movimento, como procedimento de captura de imagens e sons não iluminados pela mídia publicitária e jornalística: apropria-se de espaços "inexistentes", de sons "inaudíveis", de imagens "invisíveis".

cameraslentas questionam relações culturais de dominação e propõem o desejo de criar espaços de deslocamentos colaborativos estéticos e éticos. sua atuação se dá no encontro, no acontecimento, no devir; ação e reação dos corpos, sons, imagens, no tempo interior em diálogo com o campo externo, encontro pelo qual um torna-se o outro e nessa atitude despreza-se a mimesis aristotélica, o registro preciso e os cânones.

cameralenta: Neide Jallageas, Mariana Chaves, Marisa Rugai, Andrea Costakazawa.

saiba mais: http://cubobranco-br.blogspot.com/2005/07/blog-do-projeto-cameralenta.html

enviado por neide jallageas neidejallageas@jallageas.art.br

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