[ Álbum de família ]

(Rio de Janeiro)
abertura: 1/8/2015
até: 19/9/2015


Coletiva “Álbum de família” reúne obras emblemáticas


O Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica inaugura no dia 1° de agosto, a exposição “Álbum de família”, com cerca de quarenta trabalhos (entre pinturas, objetos, fotografias, desenhos, videoinstalações, instalações sonoras e filmes) de mais de vinte artistas brasileiros e estrangeiros. Com curadoria de Daniella Géo, a coletiva reflete sobre a família e suas questões, como um tema permanente da produção artística, e será acompanhada ainda de um seminário transdisciplinar nos dias 25, 26 e 27 de agosto.

“A exposição vem em um momento em que o conceito de família é revisto, em que se elaboram novas leis relativas a relações homoafetivas e à adoção, em que aumentam as denúncias de violência sexual doméstica, em que surgem mais asilos particulares e, consequentemente, mais idosos são privados do convívio familiar, e em que, paralelamente, grupos conservadores procuram manter intacto a imagem e o modelo tradicional de família”, observa a curadora.

Desde diferentes configurações ao ideário matrimonial, passando pelo abuso de poder e violência doméstica, até a família como construção política, a exposição aborda ainda laços familiares, amor e noção de coesão à ausência, perda e solidão; espaço íntimo e dimensão pública; mito e estereótipos, e de como a sociedade afeta e é afetada pelas famílias.

Estão na exposição obras de nove artistas brasileiros – Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Dias & Riedweg, Fabio Morais, Jonathas de Andrade, Leonora Weissmann, No olho da rua 1995 > 2015 (Julian Germain, Murilo Godoy, Patricia Azevedo e jovens que vivem nas ruas de Belo Horizonte), Ricardo Basbaum, Rosana Palazian e Rosângela Rennó, e trabalhos dos artistas Bill Viola (1951, Nova York, EUA), Daniel W. Coburn (Lawrence, Kansas, EUA), Candice Breitz (1972, Johannesburg, África do Sul), Charif Benhelima (1967, Bruxelas), Gillian Wearing (1963, Birmingham, Inglaterra), Michel Journiac (1935-1995, Paris), Richard Billingham (1970, Birmingham Inglaterra), Santu Mofokeng (1956, Soweto, África do Sul), Sue Williamson (1941, Lichfield, Inglaterra), Tracey Rose (1974, Durban, África do Sul), Victor Burgin (1941, Sheffield, Inglaterra), e Zanele Muholi (1972, Umlazi, Durban).

Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica 
Rua Luís de Camões, 68.
Entrada gratuita.

[ Ricardo Ventura | Atlas ]

(Rio de Janeiro)
abertura: 2/7/2015 - 18h30
até: 13/9/2015


Ricardo Ventura abre a individual Atlas no Paço Imperial

foto: Ipojucan Ludwig

O Paço Imperial inaugura quinta-feira, dia 2 de julho, às 18h30, a exposição Atlas, de Ricardo Ventura. A mostra, sob a curadoria de Marcelo Campos, apresenta 19 trabalhos escultóricos e uma instalação, todos realizados nos últimos 15 anos de produção do artista.

As obras tridimensionais de Ventura transitam entre a rigidez da madeira e a fragilidade do vidro. Grandes trabalhos de madeira ocupam o espaço expositivo, ânforas de cobre e vidro espelhado ficam dispostas nas paredes ao lado de trabalhos de formas longilíneas e orgânicas que se estendem até o chão. Inspirado em volutas barrocas, coruchéus, geometrismos islâmicos e outros ornamentos, o artista tem a arquitetura como referência formal de seu trabalho. 

“A arquitetura influenciou de maneira marcante meu pensamento escultórico. A pesquisa de técnicas tradicionais de construção me levou a estudar a utilização da madeira e do barro. A necessidade de utilizar ferramentas para manipular o barro com maior precisão me levou a confeccionar instrumentos específicos, ou seja, formas que se adequassem ao meu corpo, formas que são sua extensão e prolongamento. Com o decorrer do tempo estas ferramentas perderam gradativamente sua funcionalidade, tornando-se o próprio trabalho: utensílios que amplificam ressonâncias, ânforas maciças que contém lembranças do corpo, objetos impregnados de impulsos religiosos e eróticos, formas que remetem a fragmentos existentes no mundo, fragmentos multiculturais justapostos”, declara o artista.


Ventura, em parte de suas esculturas, lida com possibilidades análogas de desproporcionar, retesar, amolecer fios, globos, ponteiras, ora de madeira, ora de metal, ora de vidro. Assim, pesquisa as extensões das matérias, até configurar limites, contornos que se tornam, desenhos no mundo, como a divisão dos continentes, a delimitação das ilhas.

Entre tradições variadas, a forma e o conteúdo, o gráfico e o escultórico, a arte e a arquitetura, o ornamento e a forma orgânica, a seriação industrial e familiar, o artista que foi aluno de Celeida Tostes no Parque Lage, Chapéu Mangueira e UFRJ, investiga questões que qualificam a contemporaneidade de sua obra.

Ricardo Ventura | Atlas
Curadoria: Marcelo Campos
Abertura: quinta-feira, 2 de julho, às 18h30
Exposição: 3 de julho a 13 de setembro de 2015
De terça a domingo, das 12 às 18h
Grátis | Livre para todos os públicos
Praça XV de Novembro, 48
Centro - Rio de Janeiro